Após o lançamento do laboratório de tecnologias voltadas para dinheiro virtual no sentido de discutir o futuro Real Digital, o Banco Central do Brasil (BC) prevê que os testes com a moeda digital do Brasil sejam executados com a participação de consumidores até 2023. Os experimentos sem a participação do público deverão ter início no final do ano que vem, estendendo-se ao longo de 2023, quando alguns segmentos limitados de clientes serão incluídos gradualmente.
De acordo com a coluna “Mercado” da Folha de S. Paulo publicada na terça-feira (7), a autarquia federal espera operacionalizar pilotos com públicos específicos, compostos tanto por consumidores quanto por provedores de serviços financeiros. Os projetos e protótipos de soluções financeiras deverão ser apresentados por fintechs e bancos até julho de 2022.
Embora o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift) já exista desde 2018, a implementação dessas novas tecnologias deverá ocorrer de forma lenta e gradual, para reduzir os impactos de adaptação. O que se discute atualmente são tecnologias direcionadas para a implementação de uma moeda digital oficial: a chamada Central Bank Digital Currency ou CBDC.
Quem vai desenvolver o Real Digital?
Construído em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), o Lift irá receber, de 10 de janeiro a 11 de fevereiro de 2022, propostas destinadas a solucionar algumas questões consideradas como obstáculos para a implementação da versão virtual do Real: pagamentos offline, soluções para o câmbio e facilidades para liquidação de ativos digitais.
Considerado um dos maiores defensores da moeda digital oficial, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem afirmado em diversas ocasiões que a criação do Pix e do open banking são medidas preliminares à criação do Real Digital. É importante destacar que a diferença entre o dinheiro virtual oficial de um país e as criptomoedas (como o Bitcoin e o Ethereum) é que, da mesma forma que o papel-moeda, a moeda digital é garantida e gerida pelo Estado brasileiro.
Fonte: Tecmundo
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