Você, certamente, já deve ter ouvido falar sobre bolsa de valores. Mas, você deve estar se perguntando: o que a bolsa de valores tem a ver com o empreendedorismo? A resposta para essa pergunta é: Quando alguém quem comprar ou vender as ações de uma empresa, entre outros investimentos, ela precisará ir até à bolsa de valores. Se você quer saber mais sobre o assunto, continue lendo:
BOLSA DE VALORES: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ELA!
MAS, O QUE É BOLSA DE VALORES?
A bolsa de valores é a instituição que organiza o mercado de ações. Quando uma empresa quer aumentar o dinheiro vendendo ações, elas são disponibilizadas aos investidores por meio da bolsa de valores. O mesmo vale para quando os investidores possuem interesse em comprar ações de alguma empresa.
As ações citadas no parágrafo acima significam parte de uma empresa. Essas partes podem ser agrupadas para formar o que se chama de “composição societária” de uma empresa, ou seja, é a forma como ela se divide entre os diversos donos.
Para melhor entendimento, vamos imaginar uma empresa. Ela, por sua vez, é comporta por 1 milhão de ações e 500.001 pertencem a uma só pessoa. Isso quer dizer que esse indivíduo é o controlador da companhia, já que possui mais da metade das ações dessa empresa.
O QUE É O IBOVESPA?
O principal indicador da bolsa de valores brasileira é o Ibovespa, que por sua vez, é um índice teórico. Cada uma das empresas que fazem parte de sua composição tem um peso sobre o ele, e isso muda a influência do sobe e desce de uma ação sobre o Ibovespa de maneira geral.
BOLSA DE VALORES – QUAL A SUA RELAÇÃO DO SEU MOVIMENTO COM A ECONOMIA DO PAÍS?
De modo geral, a pontuação da bolsa de valores atinge picos de baixa em momentos de crise e, consequentemente, sobe quando a economia apresenta números positivos. A relação que existe entre esses elementos é que a bolsa reflete a expectativa do mercado em relação a economia.
Em momentos de crise, quando os investidores acreditam que o ambiente econômico vá piorar, eles analisam e optam por investimentos que não ameaçam muitos riscos. Como as ações são vistas como investimentos de maior risco, eles colocam suas ações à venda. Com mais oferta, o preço dos papéis cai e puxa os indicadores para baixo.
O mesmo ocorre quando a expectativa é de que a economia vá melhorar. Os investidores, então, procuram investimentos que acreditam ser mais lucrativos, já que a preocupação com o risco do cenário é menor.
Ao contrário do que muita gente pensa, a bolsa de valores, conhecida também como B3, não serve apenas para comprar e vender ações. Em sua lista também estão inclusas as negociações de títulos de renda fixa, que são investimentos com rentabilidade e prazos variados.
O órgão regulador no Brasil é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem entre seus objetivos fiscalizar e disciplinar o mercado de ações. Quando alguma empresa ou investidor descumpre as regras do mercado (tentando manipular preços, por exemplo), fica sujeito a investigação e punições da CVM.
Cada país tem seu órgão regulador. Nos Estados Unidos, por exemplo, o órgão equivalente à CVM é a Securities and Exchange Commission (SEC).
COMO FUNCIONA A BOLSA DE VALORES?
Através da bolsa de valores, uma empresa decide abrir seu capital e disponibilizar ações em troca de verba. Então, os interessados podem se tornar “sócios” da empresa comprando pequenas “fatias” do negócio.
A partir do IPO (Initial Public Offering), que significa Oferta Pública Inicial da empresa, as ações começam a ser negociadas, e o investidores fazem ofertas de compra e venda. Esse movimento configura o mercado primário, que ajuda a delimitar uma relação de oferta e demanda pelos títulos.
O investidor primário, por exemplo, pode querer vender suas ações por achar que o preço dela vai cair (ou simplesmente porque precisa do dinheiro), enquanto outro investidor pode optar por comprá-las, na crença de que seu valor vai aumentar.
Caso essa situação aconteça, o investidor primário vai lançar uma ordem de venda para suas ações, estipulando o valor que pretende obter em troca delas. O sistema da corretora, então, envia uma ordem de venda para a bolsa de valores e, enquanto isso, aquele segundo investidor interessado em comprar uma ação pode enviar uma ordem de compra (no valor que está disposto a investir). Quando a ordem de compra e venda chega à bolsa com o mesmo valor, o negócio é fechado. Isso é o que se chama de mercado secundário. Esse processo, ao contrário do que pode parecer, não é lento.
COMO INVESTIR EM AÇÕES
As ações são negociadas nas Bolsas de Valores. No Brasil, a compra e venda de ações acontece na B3 – união da BM&F Bovespa e Cetip. Essas negociações são feitas por meio das corretoras habilitadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Para começar a comprar e vender ações, é necessário fazer um cadastro na corretora (informando nome, profissão, endereço e, posteriormente, entregando cópias de RG, CPF e comprovante de residência).
COMO COMPRAR AÇÕES?
As ações podem ser compradas de três maneiras:
- Fundo de investimento: Um fundo funciona como um condomínio. Cada um dos seus investidores possui uma cota, que corresponde a uma porção do total de ações que o fundo tem. Cada fundo tem seu próprio estatuto, que informa suas regras e o grau de risco de seus investimentos. Todo fundo precisa ter um gestor certificado pelo CVM, que coordena as compras e vendas de ações. Assim, quando um indivíduo adere a um fundo, deve estar de acordo com sua política de investimento, especificada em seu estatuto;
- Clubes de Investimento: Os clubes, por sua vez, possuem um caráter menos formal que um fundo. Para conceituar, vamos imaginar que um grupo de amigos ou familiares pode formar um clube, que pode ser aberto com no mínimo três pessoas e chegar até um limite de 50. Diferentemente dos fundos, não precisam de um gestor certificado pela CVM, mas um representante que dê à corretora a ordem de compra ou venda de ações;
- Individualmente: Essa é a forma mais fácil de explicar já que, nessa situação, a pessoa controla as ordens de compra e venda de suas ações.
QUAIS SÃO AS TAXAS DA BOLSA DE VALORES?
- Taxa de performance: cobrada quando o fundo supera a rentabilidade esperada;
- Taxa de custódia: cobrada mensalmente pela guarda das ações (pode variar de acordo com a corretora);
- Taxa de emolumentos: paga à bolsa e calculada em relação ao valor que envolve a compra ou venda de ações;
- Taxa de administração: cobrada nos fundos e clubes, é calculada anualmente em relação ao valor aplicado no fundo e cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor manteve as operações. Se o investidor retirar o dinheiro em seis meses, pagará uma taxa proporcional ao período;
- Taxa de corretagem: cobrada cada vez que é emitida uma ordem de compra ou venda.
QUÃO ARRISCADO É INVESTIR EM AÇÕES?
Investir em ações na bolsa de valores é sim, arriscado. E esse risco é explicado porque, assim como os papeis podem subir de valor muito rápido, o contrário também é possível. Por isso, para que os investidores não fiquem dependentes da volatilidade em dias de mercados turbulentos, economistas recomendam as ações como um investimento de longo prazo.
QUANTO INVESTIR NAS AÇÕES DA BOLSA DE VALORES?
Não existe valor mínimo para se vestir em ações. Eles vão variar de acordo com a corretora e o preço das ações que serão compradas. Ele depende também, do quanto você tem e do que está disposto a colocar em renda variável.
Na prática, se você está começando, deve primeiro determinar se você tem o suficiente para alocar uma parcela muito pequena das suas reservas financeiras, como 5% ou 10%, para destinar a ações. O rendimento de suas ações vai depender das variações de mercado e do quanto você investe.
O lucro (e eventual prejuízo) de uma pessoa que opera com R$ 5.000 é muito diferente do de uma que opera com R$ 50.000. E tudo depende, no fim das contas, de escolher as melhores empresas, nos melhores momentos.
E aí, você já sabia sobre a bolsa de valores? Já teve alguma experiência com alguma ação? Entre em contato conosco, comente e participe para que possamos melhorar, cada vez mais, os conteúdos do Abertura Simples.
No comment yet, add your voice below!