Artigo dedicado para explicar a introdução do compliance na empresa.
Os processos trabalhistas são um problema que afeta diversas companhias e numerosos funcionários pelo Brasil. O custo para o empregado e patrão é bastante preocupante. No Compliance Empresarial esse é um capítulo dos mais representativos.
É importante avaliar os ativos da empresa e a quantidade e evolução dos processos trabalhistas. Frequentemente, nos deparamos com situações nas quais a empresa não tem um panorama claro, não sabe a quantidade exata de disputas judiciais nem qual o percentual aproximado de sucesso, ou seja, ela está caminhando para o desastre. Esse processo de identificar como a empresa funciona e suas vulnerabilidades é chamado detecção.
É importante, ao trazer um novo membro para a equipe, ter a certeza de que ele tem as qualificações necessárias para a função e também compreender como funciona aquela pessoa. Sempre aconselharemos para os processos internos darem mais valor ao lado humano. Não queremos ser rudes, queremos ter tranquilidade na administração, sem problemas.
Um profissional bem avaliado é aquele que, além de ter a formação necessária para a função, tenha uma postura na vida que se adéque à filosofia de trabalho da contratante. O departamento de pessoal é o lugar onde não pode haver qualquer tipo de discriminação.
No DP todos devem ser tratados da mesma maneira, desde os mais simples até os mais experientes. A empresa deve também dar apoio ao seu funcionário no momento em que ele se afastar. Oferecer treino e oportunidades para reinserção no mercado de trabalho. Deve ajudar na aquisição do seguro-desemprego e no campo emocional.
A empresa precisa se conscientizar de que todas essas ações custarão menos do que uma discussão judicial. Se adotar esses protocolos de contratação e dispensa, raramente surgirão problemas trabalhistas. Se houver demandas na justiça, o empresário deve se preparar para um eventual custo.
Muitas vezes, não é benéfico manter um processo até o fim, pois ele se torna oneroso e, consequentemente, haverá despesas para a empresa que impactarão em custos maiores e, caso haja repasse nos produtos, haverá uma perda de mercado.
A relação entre empresa e empregado é, obrigatoriamente, estabelecida pelo Departamento Pessoal, mas não é somente lá que isso ocorre. O chefe, constantemente presente, é o representante direto e o rosto da organização.
Todos os cargos de liderança devem ser ocupados por pessoas treinadas para lidar com outras pessoas. Se não aprovarmos o nosso chefe, levaremos essa discussão para a empresa na totalidade e, consequentemente, há mais chances de processos trabalhistas.
O tratamento deve ser de consideração e entendimento, até mesmo as notícias ruins devem ser transmitidas de maneira clara e humana. Sempre lembro que o respeito não deve ser confundido com medo ou raiva. O funcionário deve enxergar no chefe um colaborador que estará disposto a ajudá-lo em caso de necessidade profissional.
O ser humano vive de trocas e, na esfera profissional, não poderia ser diferente. Tenho a satisfação de te dar uma parceria e você me devolverá com resultados.
Situações cada vez mais frequentes no mundo corporativo são as brigas entre funcionários que terminam em violência e, às vezes, de forma trágica. A maioria dessas situações, na verdade, são consequência de uma série de eventos anteriores, são sintomas de algo pior.
A avaliação profissional, que muitas organizações fazem, deve considerar também os relacionamentos interpessoais. Outro fator a ser considerado é o perfil do funcionário, tendo os dados sempre atualizados, mais uma responsabilidade do chefe.
A empresa não pode se permitir um comportamento que traga prejuízos financeiros e de imagem no mercado. Sempre que houver um final infeliz no local de trabalho, o nome da empresa será o mais divulgado. Ela também será processada por danos e questões trabalhistas.
É importante realizar uma análise de riscos periodicamente e não tolerar nenhum caso que sugira violência ou qualquer forma de discriminação. É importante sempre dar o devido peso a qualquer queixa de um funcionário, acolhendo-o e investigando a sua manifestação. Esse conjunto de ações sugeridas recebe o nome de prevenção.
O Consultor Empresarial analisa todas as características da organização e produz um relatório completo, tanto dos processos internos quanto dos processos externos. Ele aponta as fraquezas e os caminhos para fortalecer a estrutura organizacional.
Com esse conhecimento, está aberto o caminho para o compliance na organização. Quando atingirmos essa etapa, o empresário terá as ferramentas para minimizar os riscos e tornar a relação entre empresa e empregado mais humana, um código de transparência e ética. O custo operacional é reduzido e, consequentemente, chegamos à resposta.
A implantação do compliance melhorará a governança corporativa, descentralizará decisões e melhorará a imagem perante o mercado e investidores.
Fonte: Contábeis
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