O Banco Central (BC) divulgou na segunda-feira (14) um levantamento sobre as pesquisas efetuadas em seu site para consultar dinheiro “esquecido” em contas de instituições financeiras no Brasil. A primeira constatação, decepcionante, mas compatível com a distribuição de renda no país, é que 13,8 milhões de consumidores – ou 42,8% dos que consultaram o site – têm valores menores do que R$ 1 para receber.
Ainda de acordo com o levantamento do BC, o total de consultas foi de 32,3 milhões e o total de dinheiro “descoberto” foi R$ 3,28 bilhões. Descontada a citada base, que pode receber apenas centavos em um total de R$ 5 milhões a serem devolvidos, 8,7 milhões de beneficiários têm entre R$ 1 e R$ 10 (R$ 36,1 milhões); entre R$ 10,01 a R$ 100 totalizam 6,6 milhões de pessoas (R$ 265 milhões) e entre R$ 100,01 e R$ 1 mil são 2,74 milhões (R$ 855,2 milhões).
Passando para a categoria dos que têm valores a receber maiores do que R$ 1 mil e até R$ 10 mil, há 364,8 mil usuários, e entre R$ 10 mil e R$ 100 mil a receber, são 36 mil pessoas (R$ 863,3 milhões). Já o topo da pirâmide, com aqueles consumidores que têm direito a sacar valores acima de R$ 100 mil, é ocupado por apenas 1.318 cidadãos, que dividirão R$ 279 milhões entre si.
Como agendar valores ainda não consultados e pedir o saque?
A partir de segunda-feira (14), teve início o pedido de saque dos recursos esquecidos em instituições financeiras pelas pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou por empresas abertas naquele período. O processo é feito no site valoresareceber.bcb.gov.br, criado pelo Banco Central especificamente para consulta e agendamento do saque de saldos remanescentes.
O processo é feito em três passos: saber se tem ou não valores a receber, consultar valor/pedir devolução e acessar os valores a receber.
Fonte: Tecmundo
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