Nesta quinta-feira (13), a moeda norte-americana recuou 0,14%, a R$ 5,5279.
O dólar fechou em queda de 0,14%, cotado a R$ 5,5279, nesta quinta-feira (13), ainda em meio a um ambiente de correção global na divisa norte-americana como fruto dos debates sobre os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos.
Este foi o terceiro recuo consecutivo da divisa e o menor valor de cotação desde 17 de novembro do ano passado (R$ 5,5264).
Contexto
Na cena externa, permaneceram as preocupações com um aumento contínuo nos casos de Covid-19 e crescem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) começará a elevar os juros na maior economia do mundo em março e não será mais agressivo do que o esperado no processo de normalização de sua política monetária.
“Existe um entendimento de que mesmo a alta de juros lá fora não vai gerar o enxugamento expressivo de liquidez nos mercados emergentes, e isso está dando esse suporte para os ativos, incluindo o real”, disse Cleber Alessie, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM.
O Banco Central Europeu destacou nesta quinta que os preços altos das commodities, o surgimento da variante Ômicron do coronavírus e um aperto mais rápido da política monetária podem pesar sobre o crescimento global este ano.
Na cena doméstica, aumentou a pressão em cima do Banco Central em relação ao ritmo de aperto monetário após o resultado da inflação de dezembro ter vindo acima do esperado. Atualmente, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, maior patamar em mais de quatro anos. A previsão do mercado é que ela termine o ano em 11,75% ao ano.
Juros mais altos no Brasil podem beneficiar o real, uma vez que elevariam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, atraindo mais recursos para o país. Mas uma Selic mais alta – que deve chegar aos dois dígitos já na próxima reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom) – também podem ter um custo elevado à atividade econômica brasileira, uma vez que tende a frear os gastos do consumidor.
O mercado também seguiu com as questões fiscais no radar, em especial a pressão de servidores por reajustes salariais.
Fonte: G1
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