O Ibovespa futuro recua 1,65% nesta quarta-feira, 6, caindo para 108.445 pontos às 9h05. O índice acompanha o cenário global de aversão ao risco antes da divulgação de dados do mercado de trabalho americano.
O tom pessimista afeta o câmbio, com investidores comprando dólares em busca de proteção. Em reação ao movimento, o dólar comercial avança 0,47% no Brasil, sendo negociado a 5,51 reais.
Com preocupações sobre a alta da inflação e a desaceleração econômica, os principais índices do mercado europeu chegam a cair mais de 2%, após números de vendas do varejo, divulgados nesta manhã, terem saído abaixo das expectativas na Zona do Euro.
Nos Estados Unidos, o índice de tecnologia Nasdaq volta a ter o pior desempenho no mercado de futuros em relação ao S&P 500 e ao Dow Jones, tendo no radar a redução de políticas de estímulos por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano).
Investidores ainda esperam pela divulgação do Instituto ADP sobre a variação de empregos privados no país, prevista para às 9h15. O dado serve como uma “prévia do payroll”, o relatório oficial de empregos não agrícolas, que será divulgado nesta sexta-feira, 8, junto com a taxa de desemprego americana.
Para a divulgação desta quarta, o consenso é de que tenham sido criados 428.000 empregos privados, em setembro. Um número abaixo do esperado pode aumentar as preocupações sobre a retomada econômica, mas caso saia muito acima da expectativa poderá levar o mercado a precificar um aperto monetário mais duro.
No Brasil, as atenções se voltam para o indicador de vendas do varejo referente ao mês de agosto, que saiu muito abaixo do esperado. As vendas no varejo brasileiro tiveram queda de 3,1% em agosto na comparação com julho e recuaram 4,1% sobre um ano antes, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
As estimativas apontavam altas de 0,7% na comparação mensal e de 2,0% sobre um ano antes. “A leitura preliminar dos dados é muito ruim e devemos rever o PIB de 2021 e 2022 para baixo”, afirma, em nota, André Perfeito, economista da Necton Investimentos.
Fonte: Exame
No comment yet, add your voice below!