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Inflação no país pressiona pequenos negócios, diz Sebrae

Alta nos preços dos combustíveis, da energia e de insumos e mercadorias faz empreendedores veem cenário melhor apenas no final de 2022

O aumento no preço de insumos e mercadorias, seguido pela alta dos combustíveis, aluguéis e energia elétrica são os principais fatores que mais pressionam os pequenos negócios no país, segundo o Sebrae.

A entidade produziu um levantamento e nele, 37% das empresas do país afirmam que o aumento no preço de insumos e mercadorias é o principal fator que mais pressiona o seu negócio, seguido pela alta dos combustíveis (26%), aluguéis (14%) e energia elétrica (11%).

Diante do cenário atual, empreendedores do Rio de Janeiro, por exemplo, acreditam que a economia só voltará ao normal em dezembro de 2022, ou seja, às vésperas de 2023. Cerca de 47% das empresas seguem com dificuldades para manter o negócio no estado.

Essa percepção vem atrelada ao momento dos pequenos negócios, já que 77% alegaram diminuição no faturamento neste período, 10% conseguiram aumentar o faturamento e outros 10% permaneceram com o mesmo rendimento.

Desejo de empreender no Brasil

Em outro relatório do Sebrae, produzido em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ) e a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, a taxa de empreendedorismo potencial, composta por cidadãos que não têm um negócio, mas pretendem abrir uma empresa em até três anos, cresceu 75%, passando de 30%, em 2019, para 53%, em 2020.

O documento destaca que o Brasil teve a maior variação da taxa de Empreendedorismo Potencial quando comparado com outras economias. O crescimento é bem superior, por exemplo, à taxa dos Países Baixos, que ficou em segundo lugar com uma expansão de 42%.

Mesmo com esse forte crescimento, o Brasil ocupa a posição da 6ª maior proporção da população adulta que não é empreendedora, mas pretende abrir um negócio nos próximos três anos. O ranking é liderado por Angola, com uma taxa de empreendedorismo potencial de 83%, seguido pelo Cazaquistão, com 59%, e pelo Kuwait com 58%.

“A pesquisa fez uma estimativa de que 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendem e querem abrir um negócio. Desse total, 1/3 teria sido motivado pela pandemia”, pontuou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

O presidente do Sebrae explicou que a falta de emprego causada pela pandemia pode ter motivado os brasileiros a considerarem mais seriamente a ideia de ter um negócio próprio em um determinado espaço de tempo.

“Ter uma empresa passou a ser o segundo maior sonho do brasileiro, perdendo apenas para o desejo de viajar”, comenta Melles. Em 2019, esse desejo ficou em quarto lugar.

Fonte: CNN

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