A um mês da Black Friday, empresas já dão os primeiros passos para criar uma boa estratégia de vendas. Com a explosão do e-commerce, que no ano passado levou 14 milhões de pessoas a comprarem online pela primeira vez, é certo que o digital ganha boa parte da importância para empresas na data. Pensando nisso, o Google anunciou nesta quinta-feira, 28, o lançamento de novos recursos para lojistas que vendem online.
Sem data definida para lançamento, o Google anunciou a criação de uma ferramenta que permitirá a exibição de uma empresa e seus produtos na plataforma de pesquisas em formato de vídeo, imagens e pequenas histórias interativas. A novidade foi antecipada há alguns meses, durante um evento do Google e, segundo a empresa, ajudará lojistas a gerenciarem como sua empresa aparece no mecanismo de buscas.
Outra novidade se dá na ferramenta Google Lens. Um consumidor poderá usar a câmera do smartphone para fotografar um item e encontrar produtos parecidos no marketplace do Google, o Google Shopping. A proposta pode ajudar compradores a encontrar produtos mais rapidamente, segundo Rodrigo Paoletti, head de performance e automação do Google Brasil. “Um comprador pode encontrar uma peça com a mesma estampa, muito mais simples do que apenas pesquisar por “estampa florida”, por exemplo”.
A integração é também importante. O Google quer facilitar a exibição de produtos em diferentes feeds, até mesmo fora do Google Shopping. Exemplo disso está na possibilidade de expandir a presença virtual da loja para outros inventários. Hoje, isso já pode ser feito no YouTube, onde vídeos podem se tornar vitrines virtuais para a exibição dos produtos mais populares. Em breve, o mesmo recurso estará disponível no Discovery, ferramenta do Google para campanhas publicitárias.
“A data neste ano não será uma reedição de 2020 e nem uma retomada de 2019, mas sim um recomeço, pois representa a inauguração de uma nova fase, um novo jeito de comprar” disse Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o Varejo do Google, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira. “Chegamos a essa Black Friday mais preparados para atender a esse novo perfil de comprador”.
Segundo a empresa, há uma tendência do uso do Google que tem ido além da comparação de preços. “Percebemos que o consumidor tem ido até as buscas naquele primeiro momento, quando ainda estão explorando e abertos a novas descobertas”, diz Rodrigo Chamorro, head de insights de Varejo do Google Brasil.
Juntas, as novas ferramentas do Google anunciadas hoje e nos últimos meses devem potencializar as vendas de empresas de diferentes portes, inclusive em datas sazonais, como a Black Friday. Em breve, a empresa também deve anunciar recursos específicos voltados a pequenos e médios negócios.
Expectativas altas
Junto dos novos recursos, o Google também divulgou dados de uma pesquisa encomendada pela Ipsos sobre as tendências e principais hábitos de compra de brasileiros nesta Black Friday. O relatório mostra que 64% da população pretende fazer compras na data.
A pesquisa ouviu 500 pessoas em setembro deste ano e identificou dois perfis distintos de consumidores: os cautelosos e os otimistas. Os consumidores otimistas, que representam 56% da amostra, são aqueles mais abertos a novas descobertas e compras na Black Friday. Destes, 42% já estão pesquisando por produtos, 37% dizem já estar economizando e 13% afirmaram que farão mais compras na data, para compensar o ano passado.
Já entre os compradores mais cautelosos (44%), sem poder aquisitivo para compras baseadas apenas em desejos, há a busca por descontos progressivos e promoções chamativas. Cerca de 19% desse público só pretende comprar se houver um ótimo desconto.
O que os brasileiros querem comprar na Black Friday
A pesquisa do Google revela que itens de vestuário e celulares estão entre as categorias mais buscadas por brasileiros durante a Black Friday de 2021.
- Vestuário (62%);
- Celulares (40%);
- Livros e Papelaria (38%);
- Calçados (33%);
- Cuidado pessoal (27%);
- Computadores (26%);
- Comidas (23%);
- Móveis (19%);
- Eletroportáteis (17%);
- TVs (16%);
- Serviços: Passagens aéreas e hotéis (12%).
Fonte: Exame
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