Trabalhando com a educação superior, falar sobre empreendedorismo, independentemente do curso, já é uma realidade, pois em todas as áreas esse segmento desponta com muita probabilidade.
Nesse avanço na compreensão do processo de aprendizagem e a reflexão sobre os desafios impostos pelas inovações, há necessidade de atentar as concepções mais sistêmicas e complexas, no que se alude à construção do conhecimento e à formação dos jovens. Nesta perspectiva, os currículos educacionais instituem princípios que orientam e promovam a formação de um novo sujeito capaz de intervir em seu meio social e compreender sobre noções de empreendedorismo, já que nosso país tem muito mercado informal.
Essa formação somente pode ser possível aos estudantes acerca de suas aprendizagens, se levar em conta o conhecimento prévio que trazem da esfera escolar e para além dela, aspectos que se observam no conteúdo que será aprendido e a assimilação acontecerá por meio da conexão entre o que a pessoa já sabe e o que deverá ser aprendido.
No entanto, o problema reside na educação básica, em que segundo pesquisas realizadas pelo Sebrae, menos 56% dos professores, apesar de boas intenções, não tentaram aplicar educação empreendedora em sala de aula.
Claro, que parece utópico falar em empreendedorismo dentro da nossa realidade brasileira, mas o fato é que o ensino do empreendedorismo está previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em vigor para ensino infantil e fundamental desde 2019 e para ensino médio desde 2022, e expressa quais os conteúdos e as habilidades que devem ser desenvolvidas pelas escolas.
Ponderar sobre o tema dentro da educação básica ainda exige ultrapassar alguns desafios como a falta de tempo para incluir o assunto no conteúdo obrigatório, e especialmente o desconhecimento da área, ou muito pouco conhecimento, estes descritos pelos docentes entrevistados. Parte da pesquisa revela que metade dos docentes asseguraram já ter recebido alguma formação sobre as 10 competências gerais, contudo, a outra metade não se sentem habilitados ou confortáveis para tratar do assunto.
Das competências elencadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), pode-se citar aqui o conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação e responsabilidade e cidadania.
Portanto, esse pequeno informativo tenta mostrar que para chegar na graduação e tratar de empreendedorismo em qualquer área não é tarefa fácil, pois ainda depende da formação inicial de uma educação empreendedora, voltada para colaborar com o desenvolvimento de competências integradas à construção de projetos e o desenvolvimento integral de estudantes, instigando o seu protagonismo em diversas faixas etárias, quiçá na estruturação de projetos de vida de alunos com o perfil de empreendedor, e quem sabe tornando possível a realidade de sonhos de lideranças.
Fonte: Plural
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