A taxa acumulada no ano de 2021 foi de elevação de 9,5%. Em 12 meses, os serviços acumulam alta de 0,4%
O setor de serviços do Brasil registrou ganhos em junho pelo terceiro mês seguido e bem acima do esperado, encerrando o segundo trimestre 2,4% acima do patamar pré-pandemia e no maior nível em cinco anos, mostram dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE.
Em junho, o volume de serviços cresceu 1,7% na comparação com o mês anterior, bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,2%.
Com isso, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o setor encerrou o período de abril a junho com ganho de 2,0% na comparação com o primeiro trimestre, quando houve alta de 3,1%.
Agora favorecido pelo avanço da vacinação no país contra o coronavírus, o setor não só ampliou o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia, como também alcançou o patamar mais elevado desde maio de 2016.
“O ponto mais alto da série iniciada em 2011 foi em novembro de 2014, e esse número de junho de 2021 se encontra no nível mais alto desde maio de 2016, mas ainda distante (9,1%) de novembro de 2014”, explicou o analista da pesquisa, Rodrigo Lobo.
“O que traz o setor de serviços a esse patamar é uma recuperação dos serviços de caráter mais presencial, como aqueles prestados às famílias, turismo e transportes. Elas ainda operam abaixo do patamar pré-pandemia, mas vêm numa retomada”, completou ele.
Setor mais afetado pelas medidas de contenção da pandemia de Covid-19 e com maiores dificuldades de recuperação, os serviços ainda registraram ganho de 21,1% em relação a junho de 2020, contra expectativa de avanço de 17,5%%.
Os ganhos foram disseminados em junho, com todas as cinco atividades apresentando crescimento no volume. O destaque foram os serviços de informação e comunicação, com alta de 2,5% e alcançando o ponto mais alto de sua série.
“Serviços de comunicação, software, ferramentas de buscas e tecnologia de informação foram até beneficiados pela pandemia, todos os que trabalham com informatização e tecnologia e não dependem do consumo presencial, usam mão de obra de baixa escala e menor custo”, disse Lobo.
Nas outras atividades, os ganhos foram de 1,7% em Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, de 8,1% em Serviços prestados às famílias, de 1,4% para serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e de 2,3% em outros serviços (2,3%).
O índice de atividades turísticas avançou 11,9% em junho na comparação a maio, na segunda taxa positiva seguida. Mas segundo o IBGE o turismo ainda precisa crescer 29,5% para retornar ao patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
Fonte: Revista Exame
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