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Tudo o que você precisa saber para abrir uma gráfica

O que você verá neste artigo:

Você já pensou em abrir uma gráfica? Confira o passo a passo!

As gráficas têm como função transferir tinta para um substrato através de um sistema de impressão, como como off-set, rotogravura, flexografia entre outros. Além disso, também cuidam do acabamento, dobraduras, encadernação, colagem e efeitos. Ou seja, podem confeccionar desde cartões de visitas a revistas e livros, e até mesmo convites de aniversário, de casamento ou cardápios.

Visto que gráficas oferecem uma variada gama de serviços, consequentemente atraem clientes diversificados. Pensando em tudo isso, o Abertura Simples preparou um artigo com tudo o que você precisa saber para abrir uma gráfica e se dar bem nos negócios. Confira:

Tudo o que você precisa saber para abrir uma gráfica

O que é uma gráfica?

Gráfica é uma empresa prestadora de serviços cuja função é transferir tinta para um substrato (papel, plásticos etc.) por meio de um sistema de impressão, como offset, rotogravura, flexografia e outros. As gráficas podem ainda oferecer serviços de pós-impressão, como acabamento, dobraduras, encadernação, colagem e efeitos especiais.

Como é o mercado?

A indústria gráfica tem grande importância na economia nacional e, apesar da irrefutável tendência online que vivemos, pesquisas apontam que os materiais impressos continuam sendo fundamentais na comunicação das empresas.

De acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), após alguns anos de crise, o mercado gráfico volta a crescer no Brasil; o setor emprega cerca de 220 mil pessoas, distribuídas em 20 mil gráficas. O segmento movimentou em média R$ 46 bilhões nos últimos anos, representando 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto) e 2,8% da indústria brasileira de transformação.

O estudo da Abigraf aponta, ainda, que 97% das empresas do setor são micro ou de pequeno porte. Entre os principais produtos oferecidos ao mercado nacional e internacional pela indústria gráfica brasileira estão: embalagens (48,6%); livros, revistas e demais publicações editoriais (21,6%); impressos promocionais (8,6%); impressos de segurança, fiscais e formulários (6,8%); rótulos e etiquetas (4,8%); cartões transacionais de bancos, crédito, alimentação, entre outros (3,4%); pré-impressão (3,3%); cadernos e outros materiais de papelaria (2,7%), e envelopes (0,2%).

Para empreender no setor gráfico é preciso acompanhar as tendências  que podem orientar as estratégias e planos de inovação  no negócio. Observe-se que, além de atender às exigências do mercado, a indústria gráfica brasileira tem adotado cada vez mais práticas de responsabilidade social e ambiental.

Este setor se depara frequentemente com a necessidade de promover investimentos para acompanhar a evolução da tecnologia de máquinas, equipamentos e novos serviços que o mercado requer. Uma empresa desse segmento que não acompanhe o desenvolvimento tecnológico ficará rapidamente defasada em relação aos concorrentes, pois os clientes exigem cada vez mais  rapidez no atendimento de suas demandas e alto nível de qualidade dos produtos.

Um exemplo dessas novas tecnologias é a impressão digital. Trata-se de um método  no qual a imagem é gerada pela passagem de dados digitais do computador para a impressora. No mercado brasileiro, esse tipo de impressão atingiu um estágio bastante avançado, em especial entre as pequenas gráficas. 

Apesar de as máquinas e equipamentos serem relativamente caros, inclusive por conta do volume de impostos, a Abigraf, atenta ao cenário global, alerta para a necessidade de adaptação constante às novas tecnologias.

O segmento gráfico, principalmente na área de impressos comerciais, é bastante diversificado e tem bom potencial para ser explorado. Apesar da forte concorrência, um empreendedor que investir na estruturação do negócio, oferecendo serviços diferenciados, atendimento personalizado, novidades técnicas e, acima de tudo, rapidez e qualidade, poderá obter sucesso.

O que é e como montar um plano de negócios?

O plano de negócios serve para que o empreendedor tenha uma visão mais ampla sobre a empresa e o mercado no qual está inserida. No plano de negócios você irá definir assuntos como, os serviços que irá oferecer na sua gráfica. Além disso, o plano de negócios também detalha a questão financeira e os recursos humanos que você poderá contar para o desenvolvimento da empresa.

Para desenvolver o planejamento, é necessário juntar todos os investimentos de material, equipamento, pagamentos de funcionários e maquinário. Além disso, deve-se pesquisar também o público que irá frequentar a sua gráfica, quem serão seus principais concorrentes, o mercado e muito mais.

Em outras palavras, no plano de negócios devem ser detalhados os tipos de produtos que serão vendidos, os serviços oferecidos, o modelo de atendimento e diversos outros pontos que você considerar importante para moldar o negócio. Quanto mais completo e bem feito for o plano de negócios, mais informações o empreendedor terá a sua disposição para a tomada de decisões.

Resumo dos principais pontos do plano de negócio:

  • O que é o negócio?
  • Quais os principais produtos e/ou serviços?
  • Quem serão os seus principais clientes?
  • Onde será localizada a empresa?
  • O montante de capital a ser investido
  • Qual será o faturamento mensal?
  • Em quanto tempo espera que o capital investido retorne?

Escolha o local

A localização da maioria dos negócios é um dos fatores que mais influenciam no faturamento. Na hora de fazer essa seleção, é necessário levar em conta alguns aspectos, como o público alvo. Enquanto faz o planejamento para abrir uma gráfica, você irá definir a faixa de renda e os hábitos de consumo das pessoas que deseja atingir. Com isso em mãos, ficará mais fácil escolher a região em que essas pessoas estão presentes.

O ponto ideal para montar uma gráfica é um local com grande fluxo de pessoas, boa visualização da sua gráfica e fácil acesso para os clientes, verifique se a localização é segura e se apresenta espaço para os clientes estacionarem.

A indústria gráfica tem, em seus processos, diversos equipamentos que geram ruídos e vibrações, como as impressoras ou as máquinas de pós-impressão, como grampeadores, dobradeiras e vincadeiras. Em relação ao ruído, a empresa deverá atender às orientações técnicas estabelecidas na norma NBR 10.151 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), instituída como obrigação legal na Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) n.º 1, de 8 de março de 1990.

É necessário também, ficar atento aos aspectos legais e regularizações de acordo com as licenças exigidas. Antes de fechar o contrato, deve-se consultar a Prefeitura para confirmar se a sua gráfica poderá funcionar naquele endereço escolhido. Verifique quais são as restrições da prefeitura para os planos da Lei de Zoneamento e do Plano Diretor da cidade.

Confira aqui 7 dicas para escolher o ponto comercial ideal para sua empresa

Estrutura e equipamentos necessários

Uma gráfica pequena deve apresentar um espaço de 300 m², sendo necessária uma estrutura física que comporte uma recepção, almoxarifado, sala de equipamentos, administração, banheiro pequeno e copa.

Os equipamentos necessários para abrir uma gráfica são:

  • Impressora tipográfica;
  • Gravadora de chapas;
  • Impressora offset;
  • Dobradeira;
  • Refiladora;
  • Guilhotina automática ou semi-automática;
  • Grampeador;
  • Serrilhadeira;
  • Picotadeira;
  • Scanner de mesa;
  • Sistema de numeração;
  • Computador;
  • Impressora a laser;
  • Gráfica rápida.

Como abrir uma gráfica?

A indústria gráfica brasileira tem contribuído de maneira significativa para o progresso socioeconômico do País. O nível das produções nacionais vem apresentando crescente qualidade, sendo um fator decisivo para as áreas de educação e cultura.

Se você se interessou neste ramo, confira abaixo todos os passos para abrir uma gráfica

1 – Identifique o tipo de atividade

Primeiro, é preciso identificar o segmento de atividade que o seu serviço atuará. Existem três designações. No entanto, a que mais se enquadra ao de uma gráfica é o de serviço.

  • Indústria: É caracterizado pela transformação de matéria-prima em produtos a serem comercializados posteriormente;
  • Comércio: Já o comércio é o responsável pela venda dos produtos;
  • Serviços: O terceiro ramo de atividade é a prestação de serviços.

2 – Escolha a natureza jurídica

É indispensável que você verifique a natureza jurídica da sua gráfica, pois te ajudará a definir o regime jurídico que o seu serviço se enquadra.

Informar a natureza jurídica no ato de formalização do seu negócio é importantíssimo, já que cada uma delas possui diferentes formas de aplicação das normas. Confira alguns tipos de naturezas jurídicas:

  • Empresário Individual (EI): Uma única pessoa constitui a empresa, cujo nome empresarial deve ser composto por seu nome civil, completo ou abreviado. É a pessoa física titular da empresa, podendo constituir apenas uma em seu nome;
  • Sociedade Limitada (LTDA): É aquela que reúne dois ou mais sócios a fim de explorar atividades de produção ou circulação de bens e serviços. Inclui-se toda empresa que contribui com moeda para formação de capital social e realização da constituição empresarial;
  • Sociedade Simples (SS): Exploram atividades de prestação de serviços decorrentes de atividades intelectuais e de cooperativa. Ou seja, os sócios não exercem nenhuma atividade voltada ao comércio, e sim desempenhar suas profissões. Exemplo: contadores, advogados, cooperativas e representações comerciais;
  • Sociedade Anônima (SA): Todas as empresas que não atribuem seu capital social a um nome específico, mas sim se dividem em ações. Essas ações podem ser transacionadas livremente. Neste caso não é necessário nenhum contrato social ou outro ato oficial como nas sociedades limitadas;
  • Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI): Empresa formada por somente uma pessoa, onde o capital pertence unicamente ao titular. Esse capital deve ser obrigatoriamente integralizado, e não pode ser inferior a 100 vezes o salário-mínimo vigente.

3 – Defina o porte da empresa

É importante definir o porte da sua empresa. Uma das principais características para definir esta questão é o faturamento bruto da empresa.

  • Microempreendedor Individual (MEI): Modalidade em que o faturamento máximo deve ser de R$81 mil por ano e não permite com que o empresário participe como sócio ou titular de outra empresa;
  • Microempresa (ME): É permitido a empresários individuais e sócios. O teto de faturamento anual é de R$360 mil;
  • Empresa de Pequeno Porte (EPP): Modalidade em que a faixa de faturamento anual começa em R$360 mil e vai até R$4,8 milhões.

As empresas que faturam acima de R$ 4,8 milhões são classificadas como médias e grandes.

4 – Reúna a documentação necessária

É preciso apresentar alguns documentos na hora de abrir uma gráfica. Estes documentos possuem prazos a serem cumpridos, pois possuem data de validade. Por isso indicamos que nesta etapa você busque a ajuda de um contador especializado no ramo e que atente-se aos prazos. 

Confira os documentos necessários para abrir esta empresa:

  • CNPJ;
  • Cópia autenticada do RG e CPF;
  • Folha espelho do IRPF;
  • IPTU do imóvel;
  • Cópia do Contrato de Locação ou Compra e Venda;
  • Alvará de funcionamento;
  • Entre outros documentos específicos da cidade.

5 – Abra um CNPJ 

Após o registro na Junta Comercial, você receberá o NIRE, um Número de Identificação do Registro de Empresa. Este número será solicitado na hora de entrar no site da Receita Federal ao abrir o CNPJ.

Depois você fará o download do Programa Básico de Entrada. O próximo passo é preencher e enviar o documento pessoalmente ou pelos Correios para a Receita Federal;

Clique aqui e saiba o que você precisa para obter um CNPJ para sua empresa.

Como abrir uma gráfica com sócios?

Além dos documentos citados anteriormente, será necessário apresentar alguns outros caso você abra uma empresa com sócios:

  • 1 cópia simples do comprovante de residência;
  • Certidão de casamento (se casado);
  • 2 cópias autenticadas do RG e CPF de cada (Carteira Nacional de Habilitação também é válida);
  • 1 cópia de folha espelho do IRPF, caso tenha comprovado no ano vigente.

Alvará de Funcionamento

O Alvará de Funcionamento é um documento que indica que a sua marmitex pode exercer as funções no local em que você a instala.

O documento é emitido pela Prefeitura Municipal ou por algum outro Órgão Governamental Municipal, e pode ser solicitado gratuitamente pela internet, na maioria dos Estados.

Por isso, é necessário estar atento se a atividade escolhida está representada no registro por um código CNAE de atividades econômica, pois cada atividade necessita de um tipo de Alvará diferente

Alguns dos documentos necessários para solicitar o Alvará de Funcionamento são:

  • Planta do imóvel onde você pretende abrir seu negócio;
  • Cópia do recibo do IPTU pago;
  • CPF e RG, originais ou cópias, da pessoa responsável pelo negócio;
  • Cadastro do Contribuinte Mobiliário, ou CCM, obtido na Secretaria das Finanças;
  • O Setor, Quadra e Lote – também chamado de SQL – do imóvel;
  • Declaração de atividade: para que você usará o imóvel e qual área será destinada aos consumidores;
  • Certificado de conclusão de imóvel recém-construído.

É necessário destacar que a documentação exigida pode variar de acordo com as exigências de cada Município ou com as atividades exercidas.

Como divulgar minha gráfica?

A divulgação da sua gráfica é de extrema importância para o seu negócio. O meio de divulgação varia de acordo com a localização e o público alvo escolhido. Pode até ser feita pelo método tradicional de panfletagem, que apresenta baixo custo e gera resultados. Não deixe de investir na divulgação online, esse é o principal meio de busca de serviços e produtos. Se você investir em um planejamento detalhado, estratégia de negócios e dedicação, pode apostar que a sua gráfica terá sucesso.

Abaixo, sugerimos algumas ações:

  • Oferecer brindes para clientes que indiquem outros clientes;
  • Publicar anúncios em jornais e revistas de bairro;
  • Oferecer descontos e pacotes promocionais para compras combinadas;
  • Montar um site com novidades e oferta de serviços e valores empresariais do seu ramo;
  • Anunciar em sites de busca, que geram maior volume de tráfego e vendas.

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