O mundo está mudando e os varejistas também precisam mudar. Entenda como preparar a loja para o pós-pandemia
Antonio Brito é Sr Principal, Digital & Value Engineering, Infor LATAM, acredita que mesmo com a expansão do comércio eletrônico, as lojas físicas continuaram tendo um papel importantes depois da pandemia. No entanto, os empreendedores deverão colocar em prática algumas mudanças para preparar a loja para o pós-pandemia.
“É consenso que a aparência das lojas e a forma como os clientes interagem com elas continuarão a evoluir à medida que o comércio eletrônico continua seu rápido crescimento. Além disso, as exigências dos consumidores com as marcas continuarão a crescer”.
O especialista afirma isso com base em uma pesquisa do Instituto Locomotiva. “O levantamento indica que 81% dos entrevistados dizem estarem mais atento à qualidade dos produtos, enquanto 83% querem ser mais ouvidos pelas empresas varejistas”, explica.
Diante do cenário, ele explica como será a loja do futuro e compartilha algumas lições valiosas para preparar a loja para o pós-pandemia. Confira!
Vending machines
O especialista comenta que é necessário que os varejistas atuem para expandir os pontos onde os consumidores podem comprar seus produtos. “Mais frequente encontradas nos principais aeroportos, o modelo vending machines, ou máquinas de venda automáticas, são um exemplo de como os varejistas estão trabalhando”.
“Embora os varejistas não possam estar em qualquer lugar, eles podem ter pequenas quantidades de estoque, dentro de máquinas de venda automática, acessíveis aos consumidores. O truque para varejistas e marcas é determinar quais localizações geográficas são as mais econômicas e onde há mais tráfego de pedestres e quais locais são reabastecidos com mais eficiência. Os varejistas e as marcas que resolvem essas equações aumentam suas receitas”.
Foco no relacionamento
“As lojas continuarão a evoluir em uma direção diferente. Basta olhar para o setor bancário e ver como as instituições financeiras reinventaram o atendimento, focando no relacionamento com o público alvo. Lojas e marcas continuarão a encontrar caminhos para aumentar seu relacionamento com seus consumidores e poderemos ver um aumento de oferta de outros serviços dentros das lojas, como salão de beleza, cafés, entre outros”, explica.
Melhorar a gestão do estoque
O especialista ainda enfatiza sobre o fluxo de caixa, que deverá ser intenso na medida que as vendas no e-commerce continuam a crescer. “Com isso, o aumento de transações – seja na loja física ou online, o novo desafio para as empresas do setor será melhorar a gestão do estoque e como o supply chain pode auxiliá-los na distribuição dos produtos para a loja e no direcionamento para os consumidores”.
Premissa básica: atender às necessidades dos clientes
“A adoção massiva de tecnologia no varejo já é uma realidade, mas será necessário uma “virada” na mão de obra. A loja do futuro exigirá uma força de trabalho mais afinada com as necessidades do cliente final. Os colaboradores deverão ser mais bem treinados para criar maior conexão com a marca e para assimilar as exigências dos consumidores. A necessidade de mão de obra qualificada não será limitada à loja, mas também nos armazéns, nas instalações de fabricação e nos serviços de entrega”.
Além disso, ele finaliza explicando que lojas terão uma aparência diferente no futuro. “Nós, como consumidores, estamos colocando uma demanda maior para os varejistas. Também estamos vivendo uma escalada em termos de relacionamento e inovação. Marcas e varejistas experientes continuarão trabalhando para transformar suas lojas e suas cadeias de suprimentos para não apenas atender, mas superar nossas necessidades”.
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