Todo mundo sabe que nos dias atuais nenhum empresário pode ignorar o papel da internet e da esfera digital no universo dos negócios. O que nem todos sabem é que já existe até um nome/modalidade exclusivamente voltado para isso, que é o do Empreendedorismo digital, cujo foco é totalmente voltado para a internet, ou seja, ter um negócio online.
Como é de se supor, um empresário que queira entrar nesse universo precisa manter-se antenado a respeito de todas as inovações não apenas tecnológicas e de comunicação digital, como também a respeito das estratégias de marketing e das várias plataformas digitais que surgem quase que diariamente.
De fato, os notebooks, smartphones e tablets revolucionaram o modo como as pessoas se relacionam com as empresas e as marcas. Vivemos hoje a época da conexão 5G, da Internet das Coisas e dos nativos digitais.
O mais interessante é que tais revoluções não modificam necessariamente os produtos e serviços, ao menos não em sua essência: ou seja, as pessoas continuam sendo essencialmente iguais, e precisando mais ou menos das mesmas coisas que sempre precisaram, embora o formato de negociação tenha mudado radicalmente.
Sendo assim, o empreendedorismo digital pode lidar, tal como veremos adiante, tanto com produtos novos e de tecnologia de ponta, quanto com segmentos industriais e mais antigos, como o de um fabricante de engrenagens.
Então, se você quer se manter por dentro dessas inovações e tendências que vieram para ficar e hoje são indispensáveis, siga adiante na leitura!
O que é sustentabilidade e escalabilidade?
O “empreendedor digital” nada mais é do que aquele empresário que escolheu um formato de negócio intimamente (ou exclusivamente) ligado com a internet. Hoje isso pode se dar de vários modos, tais como:
O fato é que o empreendedor digital depende, em qualquer um desses casos, de alguns conceitos que ultrapassam o empreendedorismo/marketing digital.
E perceba que ainda nem falamos sobre qual o produto ou serviço que será trabalhado, lembrando que tanto faz tratar-se de um serviço eminentemente industrial, como o de aluguel de placa vibratória, ou de um comércio varejista de roupas, calçados, alimentação e daí por diante.
Claro que a moeda corrente e universal da internet é a do tráfego, ou seja, a da quantidade de pessoas que chegam até o seu conteúdo. Porém, os princípios de como e por que buscar isso (para que ocorra da melhor maneira possível), dizem respeito a visões que vão além da internet, a saber: as da sustentabilidade e da escalabilidade.
1. O que é sustentabilidade comercial?
É preciso fazer algo sustentável, leia-se: algo que é capaz de atingir os estágios de maturidade (a empresa precisa do seu breakeven, que é o ponto de equilíbrio, a capacidade de “entrar no azul” e pagar suas próprias contas), mas sem perder aquilo que já foi conquistado.
Se a empresa faz locação de empilhadeira patolada, por exemplo, de nada adianta conquistar três clientes novos todo mês, e nunca mais revê-los nos próximos períodos. As estratégias de sustentabilidade ajudam a conseguir sempre mais e mais clientes, o que obviamente implicará no crescimento do seu negócio.
Ao passo que o contrário talvez até viesse a implicar em uma boa receita no curto prazo, mas não em termos de sustentabilidade, ou seja, de médio e longo prazo. Isso é especialmente importante no caso do negócio digital.
2. O que é escalabilidade comercial?
Além de sustentável: é preciso fazer algo escalável.
Neste caso, trata-se de atingir uma certa curva de crescimento, baseada não apenas nas metas colocadas (as quais são fundamentais e precisam ser bastante claras), mas em estratégias que sejam capazes de, além de manter o que já se conquistou, trazer novas oportunidades continuamente.
No caso de serviço e locação, como no exemplo dado acima, a escala pode ser algo mais difícil, por exigir aporte de capital na compra de máquinas/equipamentos com alto valor agregado. Nem todo empresário tem condições de fazê-lo, é verdade, embora no ramo digital isso seja melhor, pois os gastos com infraestrutura são menores.
Quando se fala em revenda, porém, isso é ainda mais desejável e fácil de administrar, tanto no caso digital quanto no físico. Um exemplo é o de uma distribuidora de chapa galvanizada, cujo esforço principal consistirá, após aumentado das vendas, em apenas administrar a logística de despacho e entrega.
Ter um negócio online: como definir o produto com o qual trabalhar
Além de conceitos básicos que cabem a um negócio tradicional tanto quanto a um negócio digital, e que todo empreendedor precisa ter no horizonte, existem alguns pontos tipicamente tecnológicos e digitais que são essenciais ao empresário atual.
O único cuidado a tomar é o seguinte: hoje existe muita propaganda que vai no sentido de dizer que “ganhar dinheiro na internet é algo rápido e fácil de ser feito”. Quando, obviamente, isso não é 100% verdadeiro.
É claro que há vantagens e possibilidades incríveis na esfera digital, que não existiam antes do advento da internet, porém crescer nessa área é tão difícil quanto crescer fora dela.
Para todos os efeitos, um passo essencial consiste em escolher muito bem o produto com o qual você irá trabalhar. Lembrando que pode ser um produto de manufatura, voltado para as mais diversas áreas, ou um infoproduto, criado pela própria pessoa.
1. Produtos de manufatura
No primeiro caso um exemplo bem prático está nas áreas de maior apelo, como a de casa e construção, cuja loja virtual pode vender desde pregos e parafusos até aspiradores, trator cortador de grama, lavadora de alta pressão industrial e demais equipamentos de valor agregado alto.
Sendo que, neste segundo caso, é possível desenhar estratégias e promoções que estimulem o comprador a realizar a transação pela internet, e apenas retirar na loja física, o que gera algumas vantagens para o lojista, ligadas sobretudo à logística e redução de gasto com infraestrutura.
2. O segredo dos infoprodutos
No caso do infoproduto, trata-se de criar qualquer material por escrito ou em vídeo, cuja base consiste em ministrar cursos, palestras, workshops e afins. De fato, existe hoje um universo de profissionais liberais que vivem disso, alguns dos quais acabam se tornando referência no que fazem, a ponto de ganharem espaço na mídia aberta e até na televisão.
Alguns chamam esse tipo de produto de “intangível”, justamente por ele não ser de manufatura, mas fruto de um esforço intelectual.
O interessante é que, apesar do formato do produto (que costuma vir em e-books ou vídeo-aulas), ele pode lidar com qualquer tema ou assunto, e não apenas com questões tecnológicas ou universitárias.
É possível você se tornar referência em cursos para quem queira trabalhar na área de empresas de engenharia elétrica, por exemplo. E dentro desse segmento maior haverá uma infinidade de temas e nichos menores a serem tratados.
Esta é, sem dúvida, uma das maiores frentes de empreendedorismo digital da atualidade.
Encontrando o seu cliente onde ele está
Após escolher o nicho de mercado e o tipo de produto com o qual você vai trabalhar, além de todas as dicas já dadas, é preciso ter em mente que, tal como dito acima, vender pela internet e prosperar nesse meio pode ser tão difícil quanto vender e prosperar fora dele.
Lembremos que o empreendedor digital vai desde o dono de um site ou blog, passando pelo vendedor que se inscreve em um marketplace (que é uma plataforma multimarca, na qual outras empresas também anunciam), até o dono/fundador de um aplicativo de smartphone.
De fato, alguns dizem que vivemos a Era dos Apps. Hoje existe um aplicativo para tudo, visando a ajudar as pessoas com os serviços mais básicos, desde alimentação fora do lar, transporte veicular, até serviços como limpeza residencial e outros de cunho industrial, como aluguel de rompedor de concreto e demais equipamentos da área.
O que todas essas plataformas têm em comum é algo muito simples: cada uma delas precisa fazer com que sua marca apareça, ou seja, com que haja tráfego em sua página ou veículo, seja ele da natureza que for.
Aí é que entra o papel do marketing digital. Todo empreendedor digital precisa entender de marketing e saber quais os meios que mais têm sinergia com o seu formato de trabalho. De qualquer modo, as principais dicas são bem simples.
Não é segredo para ninguém, por exemplo, que hoje os motores de busca se tornaram a maior vitrine do mundo. Vejamos a área industrial: você pode estar no maior marketplace da área, ou ter parceria com algum app de nicho, mas é impossível que não haja centenas ou milhares de clientes procurando por você no Google, Bing ou Yahoo, concorda?
E isso é assim independentemente do quanto específica é a sua área. Se você atua com aquecedores de fluído térmico, por exemplo, basta fazer uma simples pesquisa com alguma palavra-chave, como “Aquecedor de óleo térmico”, para descobrir mais de um milhão de resultados em poucos segundos.
Após essas dicas, é impossível que suas ambições de se tornar um empreendedor digital, e ter um negócio online, não ganhem novas inspirações e um horizonte com o qual se nortear.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.