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O que é Gestão de Riscos e como lidar com as incertezas do Mundo VUCA e o Mundo BANI?

O que você verá neste artigo:

A Gestão de Riscos é um processo de identificação, análise e propostas de soluções que irão minimizar os efeitos adversos para possíveis riscos a que uma empresa está exposta. Veja tudo sobre o assunto neste artigo!

Um processo de gerenciamento de riscos deve fazer parte integrante de todas as atividades de uma empresa, especialmente nas tomadas de decisões.

Os riscos são fatores tanto internos quanto externos à organização e que causam incertezas em qualquer negócio. Assim, a melhor forma de lidar com essa questão é por meio de um bom gerenciamento capaz de prever,medir e controlar os riscos.

Provavelmente, você está se perguntando “mas como fazer isso?” Para responder a sua questão, o Abertura Simples preparou um artigo com tudo sobre a Gestão de Riscos. Confira!

O que são riscos?

Riscos são por definição a ocorrência de eventos futuros, em que o resultado é incerto, ameaçador ou perigoso de determinada ocorrência. Correr o risco é estar sujeito a passar por um episódio arriscado, ou seja, um episódio temerário que pode acarretar alguma consequência.

Correr o risco é estar sujeito a passar por um episódio arriscado, ou seja, um episódio arriscado que pode acarretar alguma consequência.

O que é Gestão de Riscos?

A gestão de riscos é um conjunto de ações que visam controlar e gerir uma empresa em relação a possíveis ameaças. Por meio do gerenciamento de riscos, serão adotadas medidas com o potencial de prevenir ou eliminar riscos, além de identificar oportunidades que possam gerar valor para uma organização.

Ao gerenciar os riscos, as empresas podem se preparar para eventos inesperados, minimizando as ameaças, além dos custos que seriam gastos, antes mesmos que aconteçam.

As atividades de gerenciamento de riscos atuam em conjunto com as boas práticas de compliance e governança corporativa, e possuem o intuito de consolidar as operações da empresa, agregando valor e tornando-a mais atraente para investidores e consumidores.

Classificação dos riscos

Como pudemos observar acima, o risco é um efeito da incerteza, podendo ser um evento, circunstância ou condição futura. Alguns exemplos de riscos comuns, são:

  • Acidente de trabalho;
  • Acidente ambiental;
  • Fraude financeira cometida por um parceiro;
  • Perda de funcionário-chave na organização;
  • Evento que virou notícia e fez cair a reputação da marca;
  • Problema na logística de distribuição;
  • Perda de estoque;
  • Dificuldade para obter crédito;
  • Falta de fornecedor;
  • Elevação nos custos de produção;
  • Processos judiciais.

Esses são apenas alguns exemplos de riscos que podem prejudicar uma empresa.

Natureza do risco

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) utiliza uma classificação de risco que considera a origem (interna ou externa à organização) e a natureza do evento. 

  • Riscos Externos: são ocorrências associadas ao ambiente macroeconômico. Eles abrangem aspectos políticos, sociais, naturais ou setoriais em que a organização opera. 

Como por exemplo, nível de expansão do crédito, grau de liquidez do mercado, nível das taxas de juros, tecnologias emergentes, ações da concorrência, mudança no cenário político, conflitos sociais, aquecimento global ou catástrofes ambientais. 

Ou seja, eventos que a organização, em geral, não consegue intervir diretamente. No entanto, isso não significa que os riscos externos não possam ser “gerenciados”; pelo contrário, é fundamental que a organização esteja bem preparada para essa ação reativa.

  • Riscos Internos: são eventos originados na própria estrutura da organização, pelos seus processos, seu quadro de pessoal ou de seu ambiente de tecnologia. A organização pode e deve, em geral, interagir diretamente com uma ação pró-ativa.

Reconhecer a origem dos riscos é importante para agir de forma que esses riscos não se convertam em consequências negativas para a organização.

Dito isso, a natureza dos riscos podem ser econômicos, operacionais ou legais. Vamos agora aprender mais sobre eles:

Econômico 

Os riscos econômicos são aqueles que afetam diretamente o fluxo de caixa de uma empresa ameaçando o capital de giro e o patrimônio líquido. A perda de saúde financeira é um problema que afeta diferentes organizações de diversos segmentos. 

São ocorrências tais como a administração financeira inadequada, que conduz a endividamento elevado, podendo causar prejuízo frente à exposição cambial ou aumentos nas taxas de juros, etc. Incluem-se neste grupo operações no mercado de derivativos de commodities.

Para lidar com os riscos econômicos, é importante gerar relatórios personalizados regularmente. Isso permitirá que os gestores tenham maior controle e tenham uma visão mais precisa de todo o panorama econômico da empresa.

Operacional

Os riscos operacionais referem-se aqueles em que a empresa pode sofrer perdas significativas devido a falhas de sistemas, processos, pessoas, operação e influências externas. 

Os riscos operacionais geralmente acarretam redução, degradação ou interrupção, total ou parcial, das atividades, com impacto negativo na reputação da sociedade, além da potencial geração de passivos contratuais, regulatórios e ambientais.

As falhas operacionais são especialmente perigosas quando produzem retrabalho e prejudicam os objetivos e cronogramas. Uma vez que há atrasos nos processos, podendo acarretar em prejuízos no geral. 

Um meio importante de lidar com tais ameaças é a padronização e integração dos procedimentos operacionais.

Legal

O risco legal é um dos mais perigosos e engloba todas as ameaças a que a empresa está vulnerável, como consequência da falta de cumprimento da legislação em vigor.

A interpretação incorreta de dispositivos legais, monitoramento desordenado de obrigações e transações fraudulentas são algumas das possíveis causas de perdas financeiras decorrentes de risco legal.

Dada a gravidade desses riscos, assim como a extensão das perdas, o gerenciamento desses torna-se essencial para o sucesso de qualquer negócio e/ou investimento. O investimento em programas de compliance é uma das formas de se evitar ou prever riscos legais.

Tipos de riscos

A partir das naturezas jurídicas, o IBGC define os tipos de riscos organizacionais. Essa tipificação visa assegurar a definição de uma linguagem comum de riscos dentro da organização, considerando uma descrição ampla dos tipos de risco. Veja abaixo!

Riscos fiscais

Os riscos fiscais dizem respeito às obrigações legais relacionadas às declarações e impostos. Como por exemplo, não entregar a declaração de Imposto de Renda, ou entregar com dados errados e fora do prazo, e consequentemente receber multa devido a isso. Ou então, não emitir as notas fiscais de acordo com a lei, fazendo com que a empresa seja acusada de sonegação.

Riscos operacionais

Os riscos empresariais operacionais são aqueles decorrentes de falhas em processos internos, externos, de sistemas ou, até, de pessoas, que constituem a organização. Eles são específicos a cada ambiente. Existem algumas formas de evitar tais ameaças. Uma delas é realizar um mapeamento dos processos, a fim de identificar aqueles pontos mais frágeis e, com isso, aplicar técnicas para mitigação. Neste ponto, é primordial que a empresa adote como padrão de comportamento organizacional ações de compliance.

Riscos estratégicos

São fatores que prejudicam o alcance das metas e objetivos estratégicos, os quais representam a sobrevivência e a sustentabilidade do empreendimento. Para isso, é recomendado que a empresa tenha as suas metas, a missão, a visão e os valores bem delineados, pois são esses aspectos nos quais ela se baseará para implementar todas as ações.

Uma metodologia que pode ajudar a sua empresa na criação de uma gestão estratégica é a aplicação do método OKR, que de maneira simples permite que a empresa classifique suas prioridades de acordo com a sua necessidade considerando metas individuais e alinhando-as com a estratégia macro do negócio.

Além disso, ainda é possível utilizar ferramentas como a análise SWOT, para verificar aspectos ambientais internos e externos, como forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, a fim de tomar decisões mais acertadas e conseguir amenizar alguns perigos.

Riscos financeiros

Para evitar os riscos financeiros, é preciso que o objetivo seja sempre fazer com que os ganhos sejam maiores que os gastos. Para isso, é imprescindível realizar o monitoramento. No fluxo de caixa, por exemplo, é necessário projetar adequadamente as receitas e as despesas, a fim de que as operações estejam sempre no azul.

Riscos cibernéticos

Os riscos cibernéticos estão ligados a qualquer tipo de ataque criminoso feito em ambientes virtuais. Seja em busca de dinheiro, dados pessoais, ou até mesmo para realizar extorsão virtual (conhecida como ransomware).

Em geral, os ataques cibernéticos organizacionais incluem: roubo de informações estratégicas, vazamento de dados de clientes e fornecedores e até interrupção das atividades.

Ter um comportamento digital seguro e investir na proteção dos sistemas da empresa, com antivírus e firewalls, é fundamental para evitar que informações importantes sejam roubadas por pessoas mal intencionadas. 

Riscos Ambientais

É obrigação de toda empresa oferecer um ambiente de trabalho seguro, que livre o trabalhador de acidentes e doenças ocupacionais. A Norma Regulamentadora No. 9 (NR-9) estabelece o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, para ser seguido por todas as empresas. 

É preciso cuidar dos riscos físicos, químicos e biológicos dos colaboradores. Além disso, os riscos ergonômicos, como repetitividade de atividades e postura inadequada, e de acidentes também devem ser foco de atenção quando o assunto é saúde ocupacional.

Sendo assim, existem várias atitudes que podem prevenir tais fatos. Algumas ações que impedem o acontecimento são a limpeza do local de trabalho, oferecer e fiscalizar o uso de EPIs, fazer a manutenção constante das máquinas, promover treinamentos regulares de segurança, conscientizar os colaboradores quanto às ameaças ambientais, ter kit de primeiros socorros, se preparar para possíveis incêndios e orientar quanto à prevenção de lesões por repetição, por exemplo.

Por que a gestão de riscos é importante?

Além de entender o que é gestão de riscos, é preciso entender a sua importância, para assim, colocá-la em prática em seu negócio.

Por meio da gestão de riscos, a empresa passa a atuar diretamente com a prevenção de perdas, identificando e corrigindo desvios que comprometam o gerenciamento adequado da empresa. Além disso, a gestão de riscos também agrega valor à empresa.

As ações de gestão de risco ainda garantem:

Prevenção de perdas financeiras

Por meio da gestão de riscos é possível prever perdas financeiras. Dessa forma, a empresa conseguirá analisar, por exemplo, os riscos que cercam o lançamento de um novo produto ou serviço. Assim, um provável prejuízo pode ser evitado.

Otimização de recursos e processos

Ao identificar e gerenciar os riscos, é possível manejar os recursos de forma mais eficiente e definir processos mais seguros e eficazes. Assim, a eficiência e a produtividade da equipe e dos serviços são potencializadas.

Lucratividade

A margem de lucro da empresa também se beneficia de uma gestão de riscos bem feita. Resolver uma ameaça depois que ela já se instalou custa caro para qualquer empresa. Dessa forma, ao realizar uma gestão de riscos, as ameaças podem ser controladas e não se tornarem um problema.

Vantagens da gestão de riscos

Ao colocar em prática o gerenciamento de riscos, a empresa se beneficia de inúmeras vantagens. Veja a seguir os principais benefícios!

  • Redução de surpresas indesejáveis;
  • Melhoria no planejamento, desempenho e eficácia;
  • Economia e eficiência;
  • Melhoria nas relações com as partes interessadas;
  • Suporte aos processos decisórios da alta administração;
  • Identificação de oportunidades;
  • Eliminação e/ou redução de possibilidades de perdas;
  • Redução custos do capital em função da percepção de segurança e transparência para investidores, financeiras, seguradoras e mercado;
  • Melhoria nos processos de governança corporativa, auditoria e certificações;
  • Melhora ao reunir informações para a tomada de decisão.

Como fazer uma gestão de riscos?

Para realizar um gerenciamento de riscos de sucesso, algumas etapas devem ser seguidas. Confira a seguir!

Identificar os riscos

Primeiramente, é necessário identificar os riscos. Por meio de um planejamento, serão identificadas as oportunidades e ameaças que envolvem o negócio, ou um projeto em específico.

Para isso, é necessário conhecer a sua empresa a fundo e descobrir quais as fragilidades e vulnerabilidades do negócio. Dessa forma, será identificado o que não está nas conformidades e apresenta risco para a organização.

Análise e avaliação dos riscos

Após identificar os riscos, você deve realizar uma análise qualitativa e quantitativa para definir quais serão priorizados. Também deve ser determinada a probabilidade de ocorrência das ameaças determinadas, além de demarcar as consequências do risco. Assim, poderá ser possível distinguir qual o nível de risco que a ameaça apresenta.

Com os dados em mãos, uma tabela deverá ser estabelecida com a ordem do nível de risco, esclarecendo a prioridade de cada um.

Plano de contingência

A partir da lista de prioridades, um plano de prevenção, contenção e resposta deverá ser instituído, visando a solução ideal para cada ameaça prevista. As ações que serão feitas devem maximizar as oportunidades e minimizar a exposição ao risco.

Monitoramento 

Depois de determinar o plano de ação, é necessário acompanhar e monitorar como os riscos estão se comportando. Ou seja, se as ações que você implementou estão sendo efetivas e obtendo o resultado esperado ou se precisará promover modificações. Além de averiguar se há riscos residuais ou novos riscos que vão necessitar de uma nova estratégia.

Ferramentas de Gestão de Riscos

Existem algumas ferramentas que ajudam a facilitar a realização de um gerenciamento de riscos. Confira algumas a seguir!

PFMEA

O PFMEA (Process Failure Mode and Effective Analysis), também chamado apenas de FMEA, identifica e avalia a potencial falha de um processo e suas consequências, além de determinar ações que potencialmente diminuiriam a probabilidade de ocorrência de falhas.

A ferramenta também auxilia na identificação e classificação dos riscos potenciais em cada etapa do processo, suas possíveis causas e riscos em um produto ou processo produtivo. 

O PFMEA também classifica as falhas de acordo com:

  • Probabilidade de ocorrência;
  • Maneiras de detectá-las;
  • Ações que devem ser tomadas.

Os resultados apresentados pelo PFMEA previnem possíveis falhas, poupa tempo e dinheiro. Além de determinar a melhor maneira de investir o orçamento e o tempo disponível.

What If

Esta ferramenta, cuja tradução significa “E se”, tem como objetivo identificar ameaças e pode ser aplicada em qualquer fase de um projeto. Neste recurso são formuladas hipóteses, com base na pergunta “E se?”, que imaginam diferentes cenários de problemas e as soluções mais adequadas para cada uma delas. No entanto, para aplicar essa metodologia é necessário bastante conhecimento acerca de todas as operações do negócio.

Para isso, a equipe do projeto em questão deve ser reunida e ter documentos em mãos, como fluxogramas ou especificações, para ajudar na análise. Em seguida, para cada situação possível, será levantada a dúvida “E se?”.

Por exemplo:

  • E se um concorrente lançar um produto semelhante?;
  • O que faremos se for criado um novo imposto sobre esse tipo de produto?;
  • E se houver problemas com os canais de distribuição?

A partir desse processo, a equipe consegue identificar perigos genéricos e suas respectivas causas, possibilitando aos envolvidos a implantarem medidas de prevenção.

Matriz GUT

A Matriz GUT ajuda a priorizar as providências a serem tomadas para evitar riscos mais complexos.

A palavra GUT é uma acrônimo para as palavras:

  • Gravidade;
  • Urgência;
  • Tendência.

Após identificar e listar os riscos que podem afetar sua empresa, você deve colocá-los em uma planilha. Em seguida, coloque em frente de cada risco 3 colunas, cada uma correspondente a um dos quesitos a serem avaliados: gravidade, urgência e tendência. Em seguida, você deverá dar notas para cada um deles, de 1 a 5. 

Para obter os resultados totais, deve ser multiplicada as 3 notas de cada risco. Com os resultados em mãos, deve-se priorizar os riscos de notas mais elevadas. Ou seja, aqueles que precisam ser prevenidos com mais urgência.

Como implementar uma estratégia de Gestão de Risco em um Mundo VUCA ?

O Mundo VUCA é um conceito relacionado aos imprevistos, instabilidades e rapidez com que as mudanças ocorrem no mercado. Entender e lidar com a velocidade dos acontecimentos é justamente a ideia do Mundo VUCA. 

Não é porque o mundo está cada vez mais complexo que não é possível se planejar para cenários prováveis. Entendendo quando ser resiliente e quando nos adaptar, mas sempre saindo na frente. 

Vamos entender melhor cada característica do mundo VUCA, cuja intensidade cresce exponencialmente, e como devemos abordá-las em nosso planejamento.

Mas afinal, o que é o Mundo VUCA?

O termo VUCA, ou VICA em português, é um acrônimo que significa: 

  • Volatilidade (Volatility);
  • Incerteza (Uncertainty);
  • Complexidade (Complexity);
  • Ambiguidade (Ambiguity).

O conceito de Mundo VUCA foi criado após o fim da Guerra Fria, pelo Exército dos Estados Unidos. O termo tinha o propósito de descrever as transformações mundiais ocorridas, quais seriam as novas dinâmicas e como os militares deveriam agir caso outros conflitos viessem a acontecer.

Embora o mercado só tenha passado a encarar o que é o mundo VUCA por volta de 2010, a ideia não é muito diferente daquela encontrada no contexto militar. Nos negócios, também é preciso lidar com um cenário altamente desafiador. 

Gestão de Risco e Mundo VUCA

Cada vez mais, as empresas têm reconhecido a necessidade de implementar um sistema holístico de gestão de risco. A partir de uma implementação adequada, o sistema ajuda a separar os desafios com mais facilidade, apesar do aumento da incerteza e da volatilidade do ambiente.

Afinal, em vez de pensar no potencial negativo que os riscos trazem, é preciso pensar em incorporá-lo de maneira positiva na estratégia corporativa e aproveitar as oportunidades que esse cenário traz, e para que isso aconteça, é fundamental abraçar o Mundo VUCA em que vivemos. 

Gestão de Riscos é um processo de atividades coordenadas, para identificar e responder às incertezas que afetam os objetivos estratégicos da organização, sejam estes internos ou externos. O gerenciamento de riscos também tem como benefícios a redução do impacto negativo de tais eventos. Além de transparência empresarial e melhoria nos padrões de Governança Corporativa, por exemplo.

Importante ressaltarmos novamente que quando fala-se em incertezas estas podem ser negativas ou positivas. No caso positivo a Gestão de Risco atuará para otimizar as oportunidades.

Ou seja, a Gestão de Risco trabalha de forma antecipada e preventiva e é fundamental para que as empresas se adaptem ao Mundo VUCA. De forma que estejam preparadas para as incertezas, mudanças de cenário e apoiando para o alcance de um objetivo maior.

Competências necessárias para prosperar no Mundo VUCA

Para conseguir se destacar em um mercado volátil, incerto, complexo e ambíguo, é preciso aprimorar algumas habilidades. Confira, a seguir, quais são estas competências!

Resiliência para lidar com a Volatilidade

As mudanças são inevitáveis e, por isso, é necessário resiliência para lidar com elas. Não é todo mundo que tem naturalmente a capacidade de manter-se íntegro após uma brusca ou inesperada transformação e ainda ter fôlego para se adaptar ao novo cenários. No entanto, em um mundo volátil é fundamental ser resiliente, e para desenvolver essa habilidads é preciso reforçar a autoestima e manter uma perspectiva positiva diante dos acontecimentos.

Flexibilidade para lidar com a Incerteza

A única certeza que temos no mercado é que o futuro é incerto. Para adaptar-se a essas incertezas e cenários imprevisíveis, a flexibilidade se torna uma competência essencial. O primeiro passo para ser mais flexível é buscar a aceitação e compreender que existem muitas formas de resolver o mesmo problema.

Multidisciplinaridade para lidar com a Complexidade

Em situações complexas, quanto mais ampla a visão, maior a probabilidade de encontrar soluções eficazes. Por isso, é fundamental estudar diferentes assuntos, de áreas de conhecimento distintas, pois, você obtém justamente uma visão mais ampla sobre diversos assuntos. 

Coragem para lidar com a Ambiguidade

Realizar uma tomada de decisão em um contexto ambíguo é um ato de coragem. Caso a situação esteja complexa e não haja respostas ou explicações precisas e específicas, é preciso escolher uma linha de raciocínio e arcar com as consequências. Afinal, o conhecimento vem da prática e da experiência. E, por isso, é importante manter a mente aberta e entender que erros vão acontecer.

Diferenças entre o Mundo VUCA e o Mundo BANI

Quase um ano após o início da pandemia de Covid-19, surgiu o conceito de Mundo BANI, que veio para substituir o modelo anterior. Isso aconteceu, pois, o Mundo VUCA se mostrou insuficiente perante as demandas que surgiram e que ainda podem surgir.

O conceito de Mundo VUCA trata sobre a volatilidade e as mudanças constantes do mundo. Enquanto o Mundo BANI trata sobre a “Era do Caos”, o excesso de informações e o comportamento das pessoas em relação às mudanças no mundo. 

No entanto, o Mundo VUCA ainda não ficou totalmente para trás, embora o Mundo BANI seja uma evolução natural. Atualmente, vivemos entre esses dois mundos. Isso acontece porque a volatilidade continua fazendo parte de nossa realidade, trazendo a fragilidade das possíveis falhas que podem ocorrer. Além da incerteza e complexidade que gera ansiedade nesse nosso mundo não linear.

As empresas precisam estar preparadas para lidar com as mudanças constantes, desenvolvendo as habilidades descritas acima. Além de ter a consciência de que esses dois mundos já são parte da realidade nas organizações.

O que é o Mundo BANI?

O termo BANI, em português FANI, que descreve o atual paradigma que a sociedade atual vive, é um acrônimo formado pelas palavras:

  • Frágil (Brittleness);
  • Ansioso (Anxiety); 
  • Não-linear (Nonlinearity); 
  • Incompreensível (Incomprehensibility).

Criado pelo antropólogo norte-americano Jamais Cascio, o conceito foi definido em um artigo publicado no Medium, em abril de 2020, e intitulado “Facing the Age of Chaos”, em tradução livre “Enfrentando a era do caos”. No entanto, o conceito só se tornou amplamente utilizado durante as mudanças que foram necessárias implantar em todo o mundo devido à pandemia do coronavírus, em 2020.

Como seu negócio deve agir em um mundo BANI?

No Mundo BANI não existem regras fixas. Afinal, em um mundo caótico, não temos certeza do que está por vir. De forma que estratégias a longo prazo já não fazem mais sentido, pois não podemos imaginar o que acontecerá daqui 6 meses, muito menos daqui 1 ano. 

Empresas que querem garantir a sobrevivência devem testar constantemente novos serviços, novos meios de comunicação e uma nova linguagem. Embora algumas ideias possam parecer ilógicas meses anteriores, em um ambiente BANI aprendemos que nada é certo e nada é para sempre. 

De acordo com Stephan Grabmeier, podemos responder aos desafios atuais olhando para cada letra da BANI da seguinte maneira:

  • Quando algo é frágil, é preciso demonstrar capacidade e resiliência.
  • Ao lidarmos com ansiedade, é necessário ter empatia e atenção plena.
  • Se algo não é linear, deve-se procurar o contexto e adaptabilidade.
  • Caso algo seja incompreensível, exija transparência e intuição.

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