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Design Thinking: O que é e como aplicar na criação de seus produtos e serviços

O que você verá neste artigo:

Você sabe o que é Design Thinking? Conheça, neste artigo, tudo sobre esta abordagem e como aplicá-la!

A dinâmica do mercado tem se movimentado constantemente. Para satisfazer as necessidades e solucionar os problemas dos consumidores, as marcas de todos os setores têm buscado inovar em seus produtos e serviços de forma constante. Por esta razão, atualmente, inovar é uma preocupação no mundo dos negócios. Afinal, a inovação representa um diferencial competitivo neste mercado dinâmico.

Todavia, para alcançar esta inovação, também, é preciso entender quais os recursos que existem dentro da empresa. E, dessa forma, combiná-los para que as competências, ao serem cruzadas e somadas, fortaleçam o potencial criativo.

A abordagem do Design Thinking resolve, exatamente, esse gargalo. Pois, uma vez que organiza o processo de desenvolvimento e o potencializa, as empresas aumentam suas chances de sucesso. 

Por este motivo, ao conhecer as etapas do design thinking e implementá-las, você pode colocar sua empresa frente à concorrência. Para saber mais sobre o assunto, continue lendo!

O que é Design Thinking?

O Design Thinking é um conceito que refere-se ao uso de técnicas que estimulam e organizam o processo de pensamento criativo, colaborativo e crítico. A partir de diferentes perspectivas, as ideias geradas são difundidas de maneira empática, visual e funcional. O Design Thinking visa a inovação, por meio do estímulo de desenvolvimento de novas soluções. E, dessa forma, atender as necessidades do consumidor, sem deixar de considerar as condições existentes.

É necessário ter em mente que o Design Thinking não é uma metodologia, e sim uma abordagem. Ao pensarmos em método, estamos pensando em uma fórmula matemática que se aplica a qualquer situação. E esse não é o caso do Design Thinking.

Esta abordagem busca solucionar problemas de forma colaborativa. Em suma, as pessoas (stakeholders) são colocadas no centro do desenvolvimento do produto. Ou seja, não somente o consumidor final, mas todos que estão envolvidos no projeto.

Por isso, essa abordagem visa alcançar resultados práticos e soluções que sejam:

  • Viável economicamente e em tecnologia;
  • Desejável para o usuário.

Como surgiu o Design Thinking?

Embora o conceito de design como uma maneira de pensar tenha sido elaborado por Herbert A. Simon, no livro The Science of the Artificial, de 1969, o crédito é dado aos profissionais David Kelley, professor da Universidade de Stanford que fundou a consultoria de inovação IDEO, e Tim Brown, atual CEO desta mesma consultoria e autor de “Change by Design”. Os dois passaram a resolver os problemas de seus clientes de forma holística, por meio de projetos que trabalhavam o olhar, a criatividade, a curiosidade e o aprendizado para gerar soluções.

Assim, a ideia é criar algo funcional e encantador. Uma mistura de simplicidade com eficácia, a partir de um olhar holístico sobre o que a solução pode entregar. E, dentre as possibilidades identificadas, definir quais realmente cativam o consumidor e conseguem ser integradas em uma experiência encantadora.

Quais os pilares do Design Thinking?

A missão de integrar pessoas, por si só, já é um desafio. A partir do momento que são de áreas diferentes e, portanto, perfis distintos, com a ambiciosa meta de criar soluções inovadoras, chega a parecer presunção de que dará certo de alguma forma.

Assim, a abordagem Design Thinking se estrutura em três pilares para que, de fato, consiga ser posta em prática, trazendo os resultados desejados. São eles:

  • Empatia: É essencial que seja utilizada na imersão com o pública. De forma que as soluções desenvolvidas possam trazer valor para a realidade dele. E não para o que se acreditava ser melhor para ele;
  • Colaboração: Um mesmo fato gera impressões e interpretações diferentes. Por isso a necessidade de ter profissionais multidisciplinares na aplicação do Design Thinking, uma vez que a variedade de perspectivas enriquece e aprofunda a discussão e a criação. Na colaboração se equilibra o falar e o ouvir, pois é uma construção. O olhar de um é somado ao de outro para criar uma terceira alternativa;
  • Experimentação: esse pilar visa errar o mais cedo possível, suavizar as verdades absolutas. Experimenta-se para ver se tem chance de dar certo. A partir dela se tem a possibilidade de aprimorar ou começar de novo, diminuindo riscos e otimizando os recursos disponíveis.

Quais são as diferenças entre as principais abordagens do Design Thinking?

Ao tratarmos dessa abordagem, estamos falando de como organizamos e implementamos as etapas do design thinking. Ou seja, trata-se de escolher quais passos podem compor esse processo. Essa definição depende de fatores como:

  • objetivos para a aplicação da estratégia: solução de problemas, criação de produtos ou serviços, viabilização de projetos, tomada de decisão, estruturação da rotina operacional etc;
  • características do negócio: ramo, tamanho, público, entre outras particularidades;
  • recursos disponíveis: humanos, tecnológicos e técnicos.

No entanto, indiferentemente da maneira de organizar esse processo, é preciso que a cultura organizacional esteja preparada para se apropriar de uma visão sensível e flexível das possibilidades, a fim de inovar.

Quais são as etapas do design thinking?

As etapas do Design Thinking são variáveis. Para entender o que isso significa, continue lendo! 

Imersão

A imersão é a etapa inicial do Design Thinking. E, tem como objetivo conhecer e entender o problema e a dor da pessoa. Isto é feito por:

  • mapeamento dos fatores, elementos e recursos disponíveis;
  • estipulando os resultados desejados;
  • levantando as informações pertinentes;
  • identificando o que já foi feito;
  • entendendo as perspectivas.

Com a imersão, deve ser possível perceber o ponto de partida da solução e embasar as demais fases. Para fazer isso, essa etapa deve ser dividida em duas partes:

  • imersão preliminar: superficial. Nela é delimitado o escopo da situação a partir de dados básicos e pesquisas genéricas sobre o assunto; 
  • imersão profunda: especificidades da problemática detalhadas e aprofundadas.

Análise e planejamento

Esta etapa organiza e sintetiza os fatores. De forma que sejam identificadas as oportunidades e desafios para o futuro do projeto.

Neste momento, também, é elaborado o planejamento das tarefas que compõem o processo. Devendo ser apresentadas de forma visual, para facilitar o desenvolvimento e ser um guia para alcançar os resultados almejados.

Ideação

Esse é o momento para inovar. É aqui onde devem ser apresentados os insights, mostrar a sua visão e ser criativo. Para isso, podem ser promovidos brainstorms, dinâmicas de grupo, atividades lúdicas e situações colaborativas.

As melhores soluções resultam da junção de diversas observações, perspectivas e sugestões, agregadas de forma que as limitações de uma sejam superadas pelas proposições de outra.

Prototipação e validação

A prototipação e validação servem para transformar as opções viáveis no contexto técnico, tecnológico, financeiro e social. O primeiro esboço é um protótipo usado para verificar se um conceito pode se tornar algo tangível e se ele atende aos objetivos.

Além disso, a prototipação testa a capacidade de concretização e aderência do que foi criado à realidade. E, ainda, é fundamental para perceber falhas que só podem ser vistas na prática.

Implementação

Após os testes, é hora de aplicar a solução encontrada ou disponibilizar o novo produto no mercado. Para que a implementação ocorra, é preciso apresentar o que foi desenvolvido, seus diferenciais e vantagens. A fim de que o público efetivamente use a inovação. Se isso não acontecer, todo o processo do design thinking terá sido mal executado. Pois, ele parte da premissa de responder a essa demanda.

Vantagens do Design Thinking

A partir do design thinking, os profissionais passam a desenvolver competências valiosas. Principalmente, quando observamos a longo prazo, em termos de profissional do futuro.

  • Comunicação: A troca de informações, construção de alternativas e abertura ao erro proporcionam uma melhor comunicação entre os profissionais que não se sentem inibidos, mas encorajados a falar, contribuir e ouvir;
  • Ambiente organizacional: Ao criar um ambiente de empatia, colaboração e experimentação, muitos sentimentos são reorganizados e trabalhados, a fim de aumentar a produtividade dos profissionais que, através da abordagem, passam a utilizar as emoções a favor do processo criativo, uma vez que é necessário colocar em prática, interagir de maneira eficiente, ter autoconhecimento, auto motivação e empatia. Assim, fomenta-se a inteligência emocional, e cria-se um ambiente estimulante, agradável, favorável à inovação;
  • Satisfação e fidelização: Profissionais com atenção total no cliente tem a capacidade de melhor atendê-los pois, de fato, se preocupam e entendem os problemas que a persona enfrenta. Seu processo em;
  • Visão sistêmica: A abordagem traz a humanização sem perder o olhar para os resultado, o que demanda que o profissional tenha visão macro e micro de toda a cadeia, a fim de encontrar caminhos que melhor beneficie e atenda aos propósitos traçados;
  • Adaptabilidade: Mudanças costumam ser mal recebidas pelas pessoas. No entanto essa resistência é diariamente combatida na abordagem Design Thinking que anseia pelo inédito. Assim, os profissionais se tornam flexíveis, adaptáveis, ainda que não percam o senso crítico para identificar e testar o real valor das ideias;
  • Melhoria contínua: Seu processo, da prototipagem à implementação e coleta de feedbacks, auxilia no refinamento e maximização do valor do produto ou serviço a cada nova versão lançada, potencializando também entregas no formato MVP;
  • Engajamento: O propósito e a abertura proporcionados pela abordagem Design Thinking trazem a liberdade e incentivam o potencial dos profissionais, o que faz com que sintam que estão se desenvolvendo, sendo ouvidos a partir de algo que vale a pena.

Como aplicar o Design Thinking nas empresas?

A implementação do design thinking envolve a criação de uma cultura de inovação na empresa. Ou seja, a equipe precisa ter um perfil criativo e colaborativo. Por isso, não podem ficar limitados às visões tradicionais de como fazer algo.

De outro lado, a gestão deve promover as condições para a promoção da inovação e estar aberta às mudanças. Além disso, é necessário desenvolver um ambiente inovador, com abordagens flexíveis nas tarefas cotidianas. É possível realizar isto investindo em tecnologia para tornar o negócio 100% digital.

Existem diferentes métodos para colocar o design thinking em prática. Para que o time tenha sucesso na tarefa, é essencial garantir que a criatividade seja um combustível que faça parte da cultura da empresa.

Além disso, é possível colocar em prática elaborando novos produtos e serviços. Ao fazer uma reunião com pessoas de todas as áreas da empresa, o projeto será enriquecido de diversas maneiras, aumentando seu valor e as chances de sucesso.

Em suma, para aplicar este conceito na sua empresa, é preciso desenhar uma cultura organizacional, e implementar uma mudança de mentalidade. Os colaboradores e demais envolvidos devem desenvolver a empatia, além de criar um espírito de colaboração e inovação. 

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