Você já ouviu falar em Six Sigma? Sabe quais são suas vantagens e como implementar em seu negócio? Caso sua resposta tenha sido não para qualquer uma dessas perguntas, continue lendo o artigo para saber tudo sobre essa metodologia!
Six Sigma é uma metodologia da qualidade que tem como objetivo buscar a melhoria de um processo ou negócio. Esta metodologia auxilia na identificação de problemas e na definição de oportunidades e projetos de otimização. Além disso, ainda ajuda na criação de soluções que resultam em melhorias previsíveis e repetíveis.
Com essa metodologia, empresas qualificam seus processos e melhoram significativamente a produção, aumentando a margem de lucro e a satisfação de seus clientes.
Neste artigo, falaremos sobre o conceito, sua origem, objetivos, benefícios e métodos, além de ensinar como aplicar a metodologia na sua empresa!
O que é Six Sigma?
O Six Sigma, em português Seis Sigma, é uma metodologia da área da qualidade. Este método é utilizado para identificar e implementar melhorias nos processos das organizações. Dessa maneira, é possível melhorar os resultados como um todo. E, assim, fazer com que a empresa agregue valor ao seu negócio e, consequentemente, ao cliente.
Basicamente, o funcionamento da metodologia pode ser determinado da seguinte maneira: definição de objetivos, metas e planos de ação específicos que possibilitem que eles sejam alcançados.
Origem do Six Sigma
De acordo com registros, a metodologia Six Sigma surgiu por volta do início da década de 20. Seu criador teria sido o engenheiro norte americano Walter Andrew Shewhart, um dos pioneiros no controle estatístico da qualidade, ou o famoso CEQ.
Shewhart definiu que se um processo tivesse uma variação igual ou acima de 3 sigma de sua média normal, ele precisava ser revisado. Além disso, também era importante realizar a correção desse projeto. Na metodologia aplicada por Walter, os níveis de qualidade eram mensurados num universo de milhares de oportunidades.
Objetivo do Six Sigma
A metodologia Six Sigma tem como objetivo eliminar a redução de variações nos processos. Ou seja, remover aquilo que sai da conformidade, buscando ter um padrão que possa ser reprodutível e com qualidade. Mas o que isso significa na prática? Bem, basicamente, significa melhoria nos processos de uma organização.
E, a partir disso, nós podemos desdobrar esse objetivo principal em três objetivos mais específicos. Sendo estes:
- A redução de custos;
- Otimização de produtos e de processos;
- Melhoria na satisfação do cliente.
Vantagens do Six Sigma
Talvez você ainda não tenha entendido quais as vantagens do six sigma. E, por isso, listamos abaixo quais são os benefícios dessa metodologia. Confira!
- Aumentar a produtividade;
- Melhorar a satisfação dos clientes;
- Retém mais clientes;
- Aumentar a margem de lucro;
- Reduzir custos;
- Menor desperdício de tempo;
- Melhorar a identidade da sua marca;
- Eleva o nível de qualidade;
- Padroniza os processos;
- Engaja a equipe de trabalho.
Métodos de Six Sigma
Baseado no ciclo de PDCA: Plan; Do; Check e Act, o Six Sigma preza pela eliminação de erros durante a implementação do projeto. Isso acontece em razão da medida do desempenho das mudanças propostas e da qualidade dos processos.
O processo de implementação pode ser dividido em duas frentes. A primeira, DMAIC, volta-se para projetos focados em melhorar processos já existentes na empresa. Já a frente que atua com projetos não existentes, ou seja, focados em novos desenhos de produtos, serviços e processos chama-se DMADV.
DMAIC
A sigla DMAIC é um anagrama de definir, medir, analisar, melhorar e controlar. Esse termo diz respeito a um roteiro pré-estabelecido para auxiliar na aplicação dos projetos. Utilizando etapas bem definidas, tem como objetivo criar uma solução de problemas de forma estruturada e com foco na melhoria contínua.
Definir
Antes de tudo, é necessário identificar o problema que precisa de melhoria. Em seguida, avaliar o histórico deste problema. E, ao mesmo tempo, mapear os processos envolvidos.
Ao definir metas claras para o projeto, a equipe saberá por onde começar e qual deverá ser a próxima etapa. E, assim, ao mapear os processos envolvidos e identificar desperdícios, a próxima etapa será medir a eficiência e a entrega de resultados.
Mensurar
Nesta etapa, é importante medir o sistema existente. Ou seja, antes de buscar melhorias se deve entender cada etapa dos processos internos de forma geral. A partir dessa análise, deve-se estabelecer metas viáveis e confiáveis para monitorar o progresso rumo aos objetivos definidos no passo anterior.
Analisar
Ao analisar o projeto, é possível identificar alternativas para eliminar o espaço entre os números atuais e as metas definidas anteriormente. Para isso, devem ser utilizados dados históricos e sólidos com base em princípios estatísticos.
Muitas empresas realizam o benchmarking para comprovar tais análises. Ou seja, trocam informações quanto ao rendimento e qualidade do setor, produto ou serviço analisado pela equipe do projeto Seis Sigma. Dessa forma, pode-se comprovar que enquanto um concorrente entrega tal resultado, a empresa em questão também pode atingi-lo, implementando as alternativas de melhoria propostas.
Incrementar
Após realizar uma análise de dados, é feita a melhoria no processo sem realizar mudanças estruturais. Nesta etapa, é importante utilizar da criatividade para encontrar novas soluções e melhorar os processos. Por isso, é essencial que toda ideia seja considerada.
Controle
A execução do controle é um passo muito importante para o novo sistema desenvolvido. O objetivo dessa etapa é garantir que metas sejam alcançadas e mantidas a longo prazo. Dessa maneira, o desenvolvimento de indicadores durante o projeto são essenciais para controlar o desempenho.
DMADV
O ciclo DMADV, sigla para definir, medir, analisar, desenhar e verificar o desenho, diz respeito a um roteiro pensado para auxiliar na criação de novos processos, produtos ou serviços através de projetos de Six Sigma.
Ou seja, para a execução de ideias, o ciclo DMADV promove o desenvolvimento dessa inovação. Logo, a visualização das novas entradas e saídas e a quem esse projeto novo atingirá direciona a implementação da novidade.
Definir
Assim como o DMAIC, o primeiro passo do projeto é definir metas claras e as melhorias que se quer alcançar. Essas metas serão os novos objetivos estratégicos da sua empresa.
Nesta etapa, é importante estudar os processos que estarão envolvidos na novidade. Ao mesmo tempo que se deve dar espaço para todas ideias, é fundamental levantar todos os pontos para implementação do projeto. Sejam elas positivas ou negativas. Dessa forma, as metas serão melhor definidas e o novo projeto melhor direcionado.
Mensurar
Antes de propor melhorias, é essencial medir o desempenho dos processos internos atuais. A partir disso, serão definidas as métricas viáveis e confiáveis para a acompanhar o progresso rumo às metas definidas no passo anterior. Para realizar esse acompanhamento, dados deverão ser coletados a partir dos indicadores estabelecidos para que as próximas etapas tenham uma fonte sólida de informações para acontecerem da melhor forma.
Analisar
Nesta etapa, é busca-se identificar, avaliar e definir o que é mais importante entre as novas possibilidades do sistema atual.
Desenhar
Esta etapa consiste em desenhar detalhes, melhorar o projeto e planejar a verificação do desenho. Esta fase se torna uma das mais longas pelo fato de serem realizados muitos testes. Inicialmente, as melhorias serão feitas em pequena escala. E, se indicarem resultados positivos, serão testadas em larga escala.
Verificar
Por último, nesta etapa verifica-se o desempenho final do projeto. Após estabelecido um período de acompanhamento do projeto, apresentam-se todos os indicadores de desempenho da inovação proposta.
O uso de ferramentas da metodologia Seis Sigma, contribuem para o entendimento real do estado passado em comparação com o estado atual de um novo processo, produto ou serviço. Logo, é importante não somente olhar os números apresentados, mas entender porque eles melhoraram ou não.
Com a validação do novo projeto por meio do ciclo DMADV, o entendimento dos motivos para sua implementação efetiva pode propiciar replicação do mesmo em outros setores da empresa ou de um outro segmento.
Belts do Six Sigma
O Six Sigma é, tradicionalmente, estruturado em “belts”. Estes belts são faixas que avaliam o conhecimento do profissional na metodologia e na utilização de ferramentas de processo e estática. Podem ser comparados com faixas de judô e karatê. Confira!
- White Belt: Este é o nível mais básico no processo de implementação do Six Sigma. Em uma equipe designada para tal tarefa, os White Belts buscam auxiliar as equipes na execução dos projetos;
- Yellow Belt: Normalmente são encarregados da construção dos mapas de processos e auxiliar na coleta de dados no início de projeto;
- Green Belt: Procuram identificar e implementar melhorias na empresa, auxiliando na criação dos mapas e dados para construção de uma solução que agregue ao produto ou serviço;
- Black Belt: São os profissionais que detém a técnica de melhorias de processos e análise estatística. Por serem essa referência de conhecimento, esses colaboradores lideram a equipe composta pelos demais Belts;
- Master Black Belt ou Champion: Responsáveis por traduzir as metas estabelecidas do alto nível estratégico do programa do Six Sigma. Também cuidam da manutenção dos programas e garantem a qualidade dos projetos estabelecidos.
Como implementar o Six Sigma?
Por se tratar de uma metodologia com base nos processos, é possível dizer que o Six Sigma pode ser aplicado em todos os setores de uma empresa.
Embora em suas definições seja apontado a sua origem no setor de produção, hoje em dia ele pode ser utilizado em diferentes áreas. A metodologia pode ser aplicada em diversos níveis, desde as operações do dia-a-dia, até as estratégias globais da organização.
No entanto, por ser um modelo de gestão, a liderança da empresa precisa impulsionar as mudanças. Pois, se não, os colaboradores que estão no comando do projeto terão dificuldades para aplicar o Six Sigma. Também, é importante ressaltar que a metodologia deve ser aplicada de maneira permanente para gerar benefícios contínuos, por meio de ciclos onde os resultados sempre serão o ponto de partida da próxima etapa.
Ferramentas do Six Sigma
O Six Sigma utiliza uma série de ferramentas para facilitar sua implementação e garantir o máximo de resultados. Portanto, além de facilitar resultados, as ferramentas do método auxiliam na medida e definição das metas. Conheça abaixo as mais utilizadas:
Os 5 Porquês
Esta ferramenta permite a identificação das causas e até a raiz dos problemas dentro do ambiente corporativo.
5S
Busca otimizar recursos através da organização do espaço de trabalho, eliminando perdas e desperdícios vinculados ao espaço.
Os 5S na sequência são de senso de:
- Utilização;
- Organização;
- Limpeza;
- Higiene;
- Disciplina.
Diagrama de Pareto
O gráfico de Pareto permite a identificação dos problemas junto com seu grau de intensidade. A ideia-chave da utilização do gráfico é auxiliar na visualização que 20% das causas fontes, geram 80% dos problemas dos processos.
O diagrama é composto por um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências em ordem decrescente, e permite a localização de problemas vitais e a eliminação de futuras perdas.
Kaizen
Por meio dessa ferramenta é possível identificar pontos de eliminação de desperdícios, tendo como base a aplicação de melhorias de estratégias ligadas ao PDCA. Baseado nisso, idealiza-se o momento de preparação do Kaizen. Logo em seguida ocorre a implementação das mudanças estabelecidas e, por fim, há o controle e acompanhamento das mudanças propostas.
Poka-Yoke
Os Poka-Yokes são as idealizações à prova de erro. Ou seja, o processo de análises para prevenção e correção de possíveis erros humanos em algum processo. Sendo assim, a presença de Poka-Yokes é muito comum em equipamentos de grande porte ou perigo, justamente para garantir a segurança do operador.
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